Capítulo 33-De repente, meu sobrenome deveria ser confusão

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JACKSON FREMONT

Na quinta feira eu não ouvi um som de Dandara. Quando passei essa manhã em sua casa não tive nenhuma resposta, e também não a vi em nenhum lugar no hospital. Estou começando a pensar  que cometi um grande erro.

Ainda não tenho certeza do que me fez beijá-la. Mas Deus, eu me senti bem. Parecia ter voltado a adolescência de novo. De alguma forma, quando eu beijava Dandara eu não me sentia como Jackson Fremont, o médico marcado pelo passado. Eu apenas me sentia Jackson Fremont, um homem capaz de ser liberto.

— Você está bem? —Blair pergunta quando entra na minha sala.
— Sim. Você precisa de algo?
— Umm, realmente. Preciso da sua assinatura para alta de um paciente. —Ela coloca a folha na minha mesa.

Depois de deixar minha assinatura eu deslizo de volta.

— Obrigada—Ela agradece.

Eu volto a me concentrar na tela do meu computador enquanto pergunto :— Você ouviu algo sobre a Dra. Schiller não vim hoje?
— Ela foi levar a irmã no aeroporto. Nicole iria viajar às 9 horas. —Ela olha para o relógio no pulso — Era para Dandara já está de volta. Dr. Miller já chegou.
— O que Miller tem haver com isso?
— Ele levou elas ao aeroporto. —Blair diz e meu pulso acelerou.

Eu tento não esboçar reação, digo para mim mesmo que eu não tenho nada com isso, que o pensamento de Dandara e Peter  em uma amizade não envia uma onda de ciúmes através de mim. Eu jamais iria interferir em suas amizades, nem mesmo havia razão para eu fazer isso. Mas o que me deixava perto de uma explosão era porque eu sabia que amizade não era o que Miller esperava dela. E isso acendia um sentimento a muito tempo adormecendo dentro de mim. Eu odiava me importar, estar atraído por ela. Odiava que ela me fizesse sentir mais vivo do que já estive em muito tempo. Mas acima de tudo, odiava o
fato de que Dandara provavelmente ainda estivesse melhor com Peter mulherengo, do que estaria comigo. Doía admitir isso. Mas era a verdade. Se ele abrisse os olhos e enxergasse a raridade que tinha ao lado ele seria capaz de dar a ela pequenas crianças loiras com olhos azuis, e a vida que merecia algum dia.

Foda-se!

Eu sai da minha sala e fiquei na emergência que estava abarrotada de pessoas. Foi uma boa maneira de não pensar em Dandara. Mas nas pequenas pausas que eu fiz durante a manhã ela flui continuamente através dos meus pensamentos. Através das minhas veias. Pensamentos luxuriosos que não estão facilitando minha concentração no trabalho.

— Ei, Jackson.

Por mais que queira evitar Peter Miller, o tom sarcástico me fez virar para ver  o idiota. Ele tem bolas de aço para falar assim comigo, vou dar isso a ele.

Espero, olhando, deixando que o silêncio gelado fale por mim.
— Então, eu tinha um almoço com Dan — Diz ele com um sorriso.

Meu corpo inteiro fica rígido.

Dan?

— Mas eu não a encontrei em sua sala. Você tem alguma sugestão de onde ela possa estar?—Ele acrescentou
— Não, Miller. Eu não sei onde a Dra. Schiller está. — Eu rosnei

Ele franze a testa.

— Que estranho. O telefone dela não chama. A última vez que a vi foi no aeroporto. Houve um chamado e eu precisei voltar ao hospital antes
Ela me disse que pegaria um taxi de volta assim que a irmã embarcasse.— Ele explicou.
— Bem, você aparentemente tem mais informações que eu. Não sei como posso ajudá-lo.
—Sim, realmente. Mas talvez você conseguisse informações com Phoenix...
— Não. Você é o único buscando por ela aqui. Encontre seus meios—Eu o interrompi.

Na batida do teu coração Where stories live. Discover now