"Encontrei algo verdadeiro que possa estar fora do meu alcance "
Livro 5 // Da Série: Babacas de terno.
(SPIN OFF)
Todo mundo pode ter um fruto proibido, algo ou alguém que é capaz de fazer suas veias ferverem desde o minuto que você acorda, ao minu...
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Agarrei a garrafa de whiskey de Jack Daniels e coloquei nos lábios antes de virar a bebida que desce pela minha garganta sem arrancar uma careta sequer do meu rosto, escuto o barulho da música alta e o som das mulheres histéricas enquanto um cara de tanquinho monstruoso se esfrega na mulher que tem um véu pequeno na cabeça.
Paro de beber passando a costa da mão na boca e observo melhor os braços para cima e os gritos obscenos das mulheres de diferentes idades para os homens em cima do palco, eu estava em uma despedida de solteiro de quem não irá me convidar para o casamento e muito menos me conhece.
Kira, minha melho amiga, tinha me arrastado para essa festa em uma das melhores boates de Nova York que recebe noivas de todo lugar, eu sei que devia estar ali com elas curtindo a cueca minúscula dos caras, mas minha mãe sempre me disse que eu não era todo mundo.
Esse papo de casamento é desanimador, quer dizer, para que?! Um anel lindo e brilhante no dedo, o sobrenome de quem você ama em você, a ideia de morar com quem você está apaixonado porque agora vocês estão em união séria...digo, isso é atraente para mim? Com toda certeza! Porém eu prefiro dizer que casamento é algo patético, mas só quem passa pela experiência e comprometimento sabe que não é.
Acho que aprendi a não gostar de csamento, talvez eu sinta isso a quatro anos da minha vida porque é muito mais fácil achar que toda essa balela não é para mim.
— Eu odeio ser solteira... — sussurrei para mim mesma, ou achei que sim.
— Eu posso resolver isso — girei o banquinho que estava sentada e encarei um dos caras que tinha se apresentado antes, seu braço estava em cima do balcão do bar.
— Pode?
— Claro, também não gosto de ser solteiro — ele sorriu mostrando como era todo perfeito, levantei uma sobrancelha na sua direção olhando para o seu peito sem camisa.
Levei a garrafa da bebida até a boca novamente e bebi vários goles com a sua expressão chocada na minha direção, talvez eu estivesse um pouco bêbada, mas quem se importa? Menção de casamentos me estressam.
— Você não parece bem — diz.
— Eu não estou.
— Quer me contar?
— Contar minha desgraça para um estranho? Claro que sim — me virei mais para ele que sorriu me olhando atentamente. — É esse meu propósito desde o início.
— Por que não está feliz como as outras? Você gosta do noivo?
— Quem dera fosse, eu ainda teria uma chance — ri baixinho bebendo mais um pouco, ele tentou tirar a garrafa de mim, mas não deixei.
— Conte-me.
— Ok, vou fazer melhor e contar uma história, Charlie.
