Capítulo 45

68.2K 8.9K 1.5K
                                    


Achei que era impossível um ser humano ficar tão vermelho como Jayden está agora

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


Achei que era impossível um ser humano ficar tão vermelho como Jayden está agora.

— Oh meu Deus — ele diz passando a mão no cabelo enquanto andava em círculos na sala.

Mais um pouco, vou pensar que ele tem a mesma raça de Bonny.

— Não é nada disso que você está pensando — falei, super tranquila e ele me encarou.

— Sério? Por que Charlie está te avisando sobre uma calcinha comestível? Você emprestou para ele ou algo assim?!

— Acalme-se — levanto as mãos e ele põe as mãos na cintura, sua expressão horrorizada me matou de rir lentamente.

— Não, você não faria isso — ele balança a cabeça e eu assisto seu mini surto interno enquanto ele pega o abajur de cima da mesinha ao lado do sofá e brinca com ele olhando para a parede. — É, você não faria isso, você me ama.

Coloquei os dedos na boca tentando me manter séria, mas ver ele acariciando um abajur sem camisa e músculos levemente contraídos fazia a tarefa difícil, principalmente pelo abajur ser de cachorrinhos rosas.

— Esse é Lucas, e não Charlie — digo e ele olha para mim franzindo o cenho.

— Hum… não? Está escrito Charlie ali — apontou para o meu celular.

— Você está muito paranóico com esse cara.

— Vai defendê-lo de novo na minha cara ou… ? — suas costas ficaram tensas e eu quase arranco o abajur da sua mão para jogar na sua cabeça.

— O que?!

Ele piscou algumas vezes e depois franziu o cenho parecendo pensar no que realmente tinha dito para mim, talvez reconsiderando as palavras que deixaram meu rosto vermelho de raiva, naquele momento, eu percebi que ele nunca esteve em um relacionamento de verdade na vida além do casamento mentiroso.

— Você estava dizendo que ele era sincero e… — seu biquinho era ridiculamente atraente.

— Por que eu não sabia da parte da chantagem, idiota! E não porque eu gosto do seu advogado!

— Acalme-se — ele levanta as mãos para mim agora e eu agarro uma almofada jogando na sua direção.

— Olhe, sei que é normal ter inseguranças, qualquer pessoa no mundo tem, principalmente nós dois que estamos nos conhecendo de verdade agora, mas esse Charlie que está no meu celular é um amigo que se chama Lucas e por uma brincadeira besta o chamamos por outro nome, é uma piada interna, ele é go go dancing e eu acho que está transando com o Patrick!

Ele abriu a boca chocado e se aproximou querendo saber mais.

— Com o Patrick? Não acredito — demos uma leve pausa na discussão para fofocar.

— Pois é, antes de viajarmos ele me disse que se beijaram, dá para acreditar? Você precisa vê-los, são como cão e gato, mas todos sabem que… espera, espera, estamos desviando — bati no braço dele que fez uma careta. — Você é um babaca.

— Não, não, não, eu só fiquei confuso!

— Foda-se, você está… equivocado,
merece o castigo!

Ele quase correu para fora pela segunda vez no dia.

— Não!

— Sim!

— Não!

— Sim! Sim! Sim!

Minha diabinha estava pulando de alegria.

Ele passou a língua nos lábios e depois de quase 30 segundos em silêncio, ele começou a falar em um tom mais sereno.

— Sam, não quero que entenda isso como se eu estivesse duvidando de você com esse cara, eu realmente fiquei confuso porque o nome dele estava no seu celular falando de calcinhas tutti frutti, mas já que esclarecemos o mal entendido, vamos esquecer o castigo, por favor?

Suspirei me aproximando dele, tirei o abajur da sua mão e fiz seu corpo virar de frente para o meu ao colocar meus dedos no seu rosto para deixar uma coisa clara, mesmo que não estivéssemos discutindo tão seriamente.

— Eu sei que você saiu de um relacionamento nada saudável e já está quase entrando em outro, sei que era comum estar em volta de mentiras e desconfianças, mas por favor, nunca duvide de mim, Jay, eu não aguentaria isso.

Ele engoliu em seco e concordou pondo as mãos na minha cintura.

— Eu quero pedir o mesmo, eu amo tanto, tanto você — sua testa colou na minha. — Sei que talvez seja cansativo lidar comigo, mas eu quero que fique claro que nada no mundo vai tirar o meu amor por você.

— Vamos passar por toda essa dificuldade de ainda não casais juntos, certo?

— Certo, até virarmos um casal oficialmente — ele beijou minha testa e nos abraçamos em seguida. — Sem castigo então?

Ri baixo.

— Sem castigo.

ATA!

                                         —


— Eu não posso acreditar que está me dando esse castigo — ele resmunga pela quinta vez consecutiva, molhei o pincel no vidro de esmalte vermelho e depois passei na sua unha da mão esquerda.

— Você está adorando que eu sei — ele parou de soprar os dedos da outra mão como se estivesse em um salão de beleza e apertou os lábios, isso me fez rir baixinho.

Cada unha estava pintada de uma cor diferente da minha maletinha de esmaltes que sempre trago em viagens, e eu acho que ele estava muito confortável com isso porque até brigou comigo quando pintei uma de amarelo.

— Amarelo não combina comigo, que tal roxo? É sua cor preferida.

Sorri de lado antes de pegar o esmalte roxo.

— Você é muito lindo, sabia disso?

— Sim — ele continua soprando-as como uma criança que pinta as unhas pela primeira vez.

— O que vai falar quando perguntarem das suas unhas?

— Se eu estiver com Patrick, ele vai querer pintar igual.

Ri baixo.

— Por falar nisso, eu gostei de conhecer mais do seu ciclo de amizades, eles parecem amá-la muito — disse, com a expressão terna.

— Nos aproximamos muito mais desde a chegada de Charlie.

— Qual…

— O go go dancing!

Ele acenou satisfeito.

— Você é muito ciumento — falei fazendo uma francesinha na penúltima unha e ele resmungou como uma criança.

— Eu nunca fui assim.

— Quantas mulheres já teve?

— Nós não vamos conversar sobre isso — ele nega e eu paro de pintar encarando o castanho dos seus olhos.

— Por que não?

— Porque eu acabei de fazer a unha e não quero borrá-las ao ligar para um assassino profissional quanto me contar dos seus — ele diz como se fosse lógico e eu reviro os olhos.

— Certo, então me conte só as suas e eu falo os meus em outro momento — digo e ele dá de ombros pensativo.

— Ok, acho que dormi com cinco mulheres a minha vida toda, você é a sexta.

— Só isso? — fiz uma careta e ele apertou o maxilar perguntando “Como assim só isso?”. — Você parece tão… experiente sexualmente.

— Está tentando dizer que eu sou um bom transudo? — o sorrisinho arrogante quase me fez derreter.

— Eu quis dizer que…

— Não importa, eu sei. Fiz você ter orgasmos múltiplos ontem, e pelo seu olhar, ainda não tinha experimentado— ele voltou a soprar as unhas e eu engoli em seco porque ele estava malditamente certo.

Meu Amor Proibido -Livro 5/SPIN-OFF Da Série: Babacas De Terno Onde as histórias ganham vida. Descobre agora