"Encontrei algo verdadeiro que possa estar fora do meu alcance "
Livro 5 // Da Série: Babacas de terno.
(SPIN OFF)
Todo mundo pode ter um fruto proibido, algo ou alguém que é capaz de fazer suas veias ferverem desde o minuto que você acorda, ao minu...
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Levantei em um pulo da poltrona altamente assustada, olhei em volta procurando o autor do barulho e voltei a respirar normalmente quando reconheci ser da obra que está tendo perto do meu apartamento, que infelizmente tinha me acordado.
Coloquei as mãos no rosto e me sentei no chão meio que caindo como se fosse uma fruta madura, me encostei na lateral da poltrona e passei a língua nos lábios secos.
Que dia é hoje? Onde estou? Como vim parar aqui?
Foram essas perguntas que apareceram na minha cabeça primeiramente, reconheci meu quarto e olhei para o chão vendo meu celular caído perto de mim.
Na minha frente tinha um espelho grande e quando vi minha aparência senti o gosto amargo na boca, caramba, eu virei um monstro! Meu cabelo loiro estava todo para cima como se eu tivesse feito algum procedimento capilar e não deu muito certo, tinha olheiras pretas embaixo dos meus olhos devido ao rímel e minha camiseta estava amarrotada, eu só usava minha calcinha preta na parte debaixo.
Peguei meu celular para ver a hora e suspirei sabendo que ainda tenho meia hora antes de chegar na empresa.
Tentei puxar na memória as cenas de ontem e me lembro de beber toda a garrafa de whisky com Patrick, Ava, Charlie e David. Kira bebeu apenas um pouco, Ava não a deixou beber muito.
Vim para casa de Táxi com Patrick já que era o mesmo caminho, não lembro de entrar no meu apartamento, mas lembro de tirar minhas botas e calça me jogando na poltrona depois, pegando meu celular para...hum...eu não...
Oh não. Não, não, não. Eu não fiz isso!
Mexi no celular com os dedos trêmulos e fui rápido até as chamadas feitas na noite passada, o celular caiu da minha mão uma vez antes de eu finalmente conseguir checar.
"Chamadas: "Jayden Ford :22:42PM".
Jesus Maria José!
Que eu não tenha falado nada de ruim para esse homem, que eu não tenha falado nada de ruim para esse homem, Amém.
Repetia isso enquanto me levantava do chão e pensava no que tinha acontecido durante a ligação, lembra, lembra, lembra.
Qual é, Samantha! Lembra...
Andei para o banheiro a passos rápidos e coloquei meu celular em cima do vaso sanitário, peguei minha escova de dentes colocando um pouco de pasta e levei até a boca, não estava aguentando o gosto amargo da bebida.
Me encarei pelo espelho enquanto escovava os dentes e pensei por longos segundos, me abaixei para cuspir na pia e arregalei os olhos quando me lembrei do que eu tinha feito.
Me engasguei com a pasta e comecei a bater a mão no meu peito tentando voltar ao normal, foi uma cena horrível para uma manhã.
Cuspi na pia e engoli a água, tossi algumas vezes e respirei fundo depois me encarando pelo espelho.
