Yami no Game - Shaadii

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O espírito arqueia o cenho direito enquanto ocultava a sua preocupação com o seu amado porque desconhecia o poder dos dois Sennen Aitemu que o invasor carregava consigo. Por precaução, decidiu não mostrar qualquer sinal de preocupação enquanto se concentrava em exibir a sua usual e nata autoconfiança em si mesmo.

Além disso, ele precisava descobrir se os itens poderiam ter qualquer influência contra o seu próprio item enquanto que desconhecia por completo o respectivo poder do objeto que se encontrava na posse do seu amado anfitrião.

Claro, ele usava os seus poderes em conjunto com a sua magia.

Porém, desconfiava que havia um poder próprio do objeto ou poderes conforme se lembrava de alguns acontecimentos, assim como algumas sensações que sentiu antes do Sennen Aitemu ser montado.

- Sim, esse poder sobre o qual você fala está na minha câmara. No entanto, não posso deixar que o veja tão facilmente. Você sabe como funciona. Isto é um jogo. Um Yami no game. As regras são simples. Em algum lugar desta alma está a minha verdadeira câmara. Se conseguir achá-la, encontrará o que procura.

Shaadii dá uma leve risada, para depois, falar:

- Eu esqueci de contar sobre outro poder que eu possuo. Quando entro na câmara da alma de uma pessoa, posso redecorá-la e controlar a pessoa como eu quiser. Eu posso, até mesmo, destruir a sua personalidade.

Atemu oculta novamente a sua preocupação enquanto procura exibir apenas surpresa em seu semblante. O Faraó não sabia se o homem a sua frente conseguiria redecorar a sua câmara considerando a complexidade dela e o fato do seu amado ter outro Sennen Aitemu, o Sennen Pazuru. Ele não tinha como prever se o objeto possuía a capacidade de bloquear a do invasor.

Além disso, o espírito duvidava piamente que o egípcio a sua frente tivesse entrado anteriormente em uma câmara tão complexa como a dele e que estava oculta pelas sombras porque ele fez questão de esconder a aparência real dela.

Afinal, havia a hipótese do bronzeado desistir do jogo se soubesse como era a aparência da câmara da alma dele.

- Eu aceito o seu jogo. Eu vou encontrar a verdadeira câmara da sua alma! – ele exclama com arrogância por estar extremamente confiante nas suas habilidades e para mostrar coragem ao se lembrar do comentário dele quando entrou naquela câmara.

Na sua visão, seria fácil fazer o que desejasse naquela câmara com o poder que o Sennenjou lhe concedia. Não era necessário aceitar o jogo.

Afinal, ele nunca encontrou uma câmara que não pudesse redecorar e aquela câmara não era diferente apesar da sensação surreal de estar na tumba de um Faraó do antigo Egito.

O espírito dá uma leve risada, para depois, falar enquanto mantinha as mãos nos bolsos da calça do colégio que era uma réplica daquela usada pelo seu amado e que possuía apenas diferença de tamanho por causa da sua estatura:

- Bem, não pense que vai ser assim tão fácil. Este jogo é mais perigoso do que você imagina.

Então, Atemu revela a complexidade da câmara com seus inúmeros degraus, portas e corredores que preenchiam o ambiente colossal e que se propagava para cima em corredores aparentemente intermináveis, formando um labirinto assustador.

Era uma visão impressionante e igualmente estarrecedora que o deixou boquiaberto e conforme Shaadii olhava para o ambiente a sua volta, ele duvidava piamente que seria capaz de remodelar aquela câmara porque nunca esteve em algo minimamente similar ao que se encontrava naquele instante. Ele nunca havia entrado em uma câmara labiríntica como aquela que se propagava na frente dos seus olhos e que chegava ao ponto de ter escadas e portas nas paredes e no teto.

Almas predestinadasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora