Yami no Geemu Kokurano - Final

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Eles tiram a sorte com o jankenpon e o Faraó vence, pois a pedra quebra a tesoura.

- Ok! Eu começo. – ele se aproxima da mesa e escolhe uma das folhas.

- Cai! Cai! – Kokurano exclamava, torcendo os punhos, enquanto o via escolher uma folha ao tocá-la com os dedos, a segurando da ponta, enquanto se preparava para puxá-la.

O espírito sabia que havia uma forma correta e igualmente segura de puxar a folha, graças aos ensinamentos de Sugoroku quando Yuugi era jovem, juntamente com os princípios da física, sendo este último conhecimento, proveniente dos estudos do seu amado.

Ademais, Atemu era plenamente ciente de que o seu anfitrião carecia de confiança em suas habilidades, apesar de possuir muito conhecimento sobre diversos jogos e formas de jogar qualquer jogo.

Inclusive, o adolescente era ciente da técnica correta para tirar a folha ao mesmo tempo em que impedia o frasco de tombar.

Afinal, ele foi instruído pelo seu avô que nutriu o amor pelos jogos que o seu neto demonstrou desde que era pequeno, além de compartilhar todo o conhecimento que possuía e que foi adquirido pelas suas viagens ao redor do mundo, quando ele era conhecido como o Mestre dos jogos por vencer todos os tipos de jogos em todo o mundo ao ponto de se tornar uma lenda, fazendo com que muitos jogadores desejassem que ele fosse o mestre deles para pudessem aprender com o melhor.

Sugoroku instruiu o seu neto desde cedo no amor aos jogos ao perceber a aptidão natural da criança e a felicidade que exibia ao ver um jogo, juntamente com o fato de Mutou ser estudioso, pois, o conhecimento de algumas disciplinas podia ser aplicado aos jogos, tal como ele havia feito, conforme se tornava o Mestre dos jogos.

Afinal, não era somente o conhecimento sobre as formas de jogar, havia a ciência, história, matemática, química e física aplicada em muitos destes jogos, desde cartas, enigmas, pinos, peças, roletas, tabuleiros e outros tipos.

Após puxar a folha, o Faraó observa o vidro girando, sabendo que havia conseguido manter o centro do equilíbrio do vidro, visando fazê-lo girar sobre o seu próprio eixo, sem cair até que ele parou com a rotação vertical, saindo do centro da mesa e se posicionando próximo da beirada.

Para efeito dramático, tal como Kokurano havia feito anteriormente, Atemu simulou estar aliviado pela garrafa não ter caído, após ele puxar a folha e o motivo de fazer isso era para impedir que o seu adversário percebesse que havia uma forma correta de fazer isso, diminuindo drasticamente as chances da garrafa cair, além de fazer com que o falso vidente mergulhasse ainda mais na sua visão errônea sobre ter poderes por se recusar a ver a verdade, preferindo ignorar o que era claro para abraçar a visão deturpada e igualmente equivocada da sua mente.

Inclusive, o fato de não desejar ver a verdade, se afundando ainda mais na visão ilusória de ter poderes seria a ruína de Kokurano, pois, o Yami no game revelava o âmago das pessoas e definia o seu futuro. O fato de não desejar reconhecer a verdade por ser um covarde, desejando acreditar em uma mentira, condenaria o futuro do falso vidente, sendo algo que o Faraó ansiava, pois, sabia o resultado daquele jogo em virtude da conduta do seu oponente.

Kokurano escolhe uma folha, a que estava mais afastada da garrafa e a puxa abruptamente, fazendo a garrafa girar até se aproximar da borda, para depois, parar, com o falso vidente exclamando, após rir de satisfação, por mais que suasse frio pelo pavor que sentiu ao ver a garrafa se aproximar perigosamente da borda:

- Viu só? Esse é o meu poder!

Atemu continua fingindo que estava preocupado e fala, procurando simular essa preocupação em sua voz barítono, enquanto olhava para as folhas, fazendo alguns cálculos mentais sobre os prováveis resultados, visando escolher a que era a mais segura, sendo que fica surpreso ao constatar que era aquela que aparentava ser a mais perigosa para ser puxada:

Almas predestinadasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora