A pirâmide do Faraó sem nome

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Então, ao olhar para a caixa do Sennen Pazuru ela vê em suas recordações que se passariam milênios até que Sugoroku, mais jovem do que era atualmente, ainda viajando pelo mundo como o jogador lendário, encontrasse a Pirâmide do Faraó sem nome no Vale dos Reis graças a dois guias e que havia passado por todas as armadilhas ao encarar tudo como se fosse um jogo, algo que o animou demasiadamente por amar jogos.

Durante o trajeto dentro da pirâmide, ele se tornou o guia ao decifrar todos os enigmas, passando pelos obstáculos, sendo que um dos homens que o guiou até aquele local acabou morrendo por não ter seguido com exatidão a regra para passar em segurança por um local.

Após passar por algumas armadilhas, ele encontrou uma espécie de câmara que lembrava uma tumba.

Havia uma ponte estreita feita com tábuas de pedras que possuíam entalhes de monstros em sua superfície e que davam acesso a uma espécie de plataforma que continha algo que lembrava um altar e acima deste, havia uma caixa dourada que lembrava um sarcófago contendo o olho de Waddjet e hieróglifos talhados em sua superfície, contendo em seu interior o Sennen Pazuru fragmentado em formas de peças de quebra-cabeça.

Ele foi traído com um tiro nas costas pelo guia remanescente que ansiava em matá-lo para pegar a caixa dourada visando lucrá-lo ao vê-lo andar sem problemas pela espécie de ponte. O criminoso sorriu satisfeito ao ver Sugoroku cair da ponte.

Porém, mesmo gravemente ferido, o avô de Yuugi conseguiu se segurar precariamente na borda enquanto o bandido passava por ele rumo à caixa confeccionada em ouro puro e após alguns segundos, o Jogador lendário ouviu apenas um grito de puro terror antes que reinasse o silêncio absoluto.

O avô de Yuugi foi salvo da morte graças a alma de Atemuu que na época trajava suas vestes de Faraó e que falou enquanto estendia a mão:

- Eu o estava esperando... Shimon.

Como o avô do Yuugi estava demasiadamente ferido, ele não se recordava nitidamente de quando foi içado para cima e da visão de um Faraó o ajudando para que não que caísse nas trevas abaixo dele após o traidor ser devorador por um Ka que estava selado em uma das tábuas e que era libertado automaticamente sobre certas circunstâncias para devorar os intrusos com as almas sendo banidas para as trevas, sendo que nesse caso, a ganância e consequentemente as trevas no coração do guia o fez ser devorado por um dos Ka.

Em decorrência do tiro que havia levado, ele foi tomado pela inconsciência e somente despertou após alguns minutos. Por causa do ferimento em suas costas ele não pode explorar toda a pirâmide como pretendia inicialmente, não em busca de riquezas.

Sugoroku somente buscava superar jogos desafiadores. mQuanto mais desafiador melhor, pois era o que apreciava e foi esse amor por jogos que o fez encarar todas as armadilhas e enigmas do local como se fosse um jogo. Ele buscou essa pirâmide por desejar ardentemente vencer um jogo desafiador, com a derrota significando a sua morte conforme inscrição na entrada.

Afinal, ele havia sido avisado no início da entrada da Pirâmide que estaria jogando um Yami no Game (Jogo das trevas) e que ao ler sobre as consequências de perder o jogo e que consistia em perder a sua alma para as trevas, isso apenas o animou demasiadamente, pois era esse o jogo desafiador que ele havia buscado por toda a sua vida. Quanto mais desafiador e perigoso, maior era a sua felicidade, pois colocava a prova o seu domínio sobre os jogos.

Quando ele olha o objeto dourado no altar, algo o impulsiona a pegá-lo e seguindo esse desejo, ele pega a caixa de ouro puro que continha o olho de Wadjet e hieróglifos em sua superfície, enquanto que estranhava o fato de que ele andou por dentro da pirâmide como se já tivesse estado lá e que os seus pés o levaram inconscientemente até aquela câmara como se conhecesse o caminho.

Almas predestinadasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora