Brinquedos temporários

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Então, após algumas horas, Yukiko volta a assumir uma aparência de uma criança e pousa na varanda do apartamento, se recordando de quando teve que desviar de um avião de passageiros ao cruzar uma rota usada por voos comerciais, com ela ficando aliviado por ter desviado com sucesso, sabendo que graças a sua magia o avião nunca soube que havia algo na sua frente.

Após entrar no apartamento, ela retira magicamente a sua roupa e põe o pijama através da sua mágica ao mesmo tempo em que se recordava da sua vida antes que fosse tomada dela ao se sacrificar duas vezes.

Ela abana a cabeça para os lados enquanto suspirava porque aquela não era mais a sua vida.

Afinal, havia tomado as suas decisões e não se arrependia.

Inclusive, se fosse necessário, faria tudo de novo e sem ressentimentos.

Então, após esvaziar a sua mente, se sentindo cansada de ter usado consecutivamente o seu símbolo de lua e em grande intensidade, uma vez que raramente o usava, ela acaba adormecendo em questão de segundos, esperando que conseguisse acordar cedo para ir a aula junto dos seus amigos.

Quatro anos depois, Yuugi estava com doze anos e se encontrava voltando para casa com algumas sacolas do mercado próximo de onde morava. O jovem havia combinado com as suas amigas de encontrá-las em sua casa porque naquele domingo eles não tinham aula e apesar de não ser um dia letivo, precisavam terminar alguns trabalhos que o sensei Yamada havia passado no dia anterior.

Como o jovem de olhos ametistas se encontrava distraído, pensando sobre os trabalhos que o professor havia dado para a classe fazer no final de semana, ele não percebeu que alguém caminhava em sentido oposto ao dele.

Então, ambos se chocam um contra o outro, com o menino indo para no chão enquanto que a pessoa que ele trombou, apenas deu alguns passos para trás.

Após massagear a bunda, o menino fica de pé e recolhe as sacolas.

- Eu peço desculpas. - ele falava enquanto se curvava.

- E por que eu iria perdoá-lo, idiota?

Yuugi ergue os olhos e sente o sangue gelar ao ver que era um garoto com uma face séria e que estava rodeado de outros garotos que acompanhavam o semblante deste, com ele jurando que havia visto um taco atrás de um deles.

O rapaz fala enquanto curvava a cabeça para frente ao mesmo tempo em que fuzilava o jovem com o seu olhar:

- Novamente, eu pergunto. Por que eu deveria perdoá-lo, seu nanico?

- Por que não foi intencional. Foi um acidente. – ele fala fracamente enquanto se encolhia ao perceber que era cercado pelos outros garotos.

Todos eles gargalham com risos desprovidos de qualquer humor, fazendo o sangue de Yuugi gelar, para depois, o Líder da gangue, estalar os dedos.

Então, em questão de minutos, muitos estavam armados com bastões ou pedaços de madeira enquanto que os outros posicionavam socos ingleses em suas mãos, batendo em seguida os punhos um no outro conforme exibiam sorrisos malignos.

Porém, antes que pudessem bater nele, com Yuugi se encolhendo enquanto tremia de medo, surge Kisara, Nuru e Yukiko que chegam com uma voadora, os jogando para longe dali, para depois, socarem os outros ao usarem golpes de artes marciais.

A aparição do trio surpreende o líder enquanto que a albina acessava as suas memórias, descobrindo que era para aquele homem ter sido assassinado há um ano, atrás.

Porém, como o futuro assassino e mandante morreram na explosão, ele não foi morto. A consequência dessa mudança fez com que surgisse aquela gangue quando ele juntou membros, acabando por fazer Yuugi se chocar contra ele. Na linha do tempo original, o seu amigo não se chocaria com ninguém neste dia.

Almas predestinadasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora