O falso vidente

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Ao chegarem à sala onde Kokurano lia a sorte, Yuugi fica surpreso e exclama, enquanto Jounouchi notava que havia, apenas, garotas, fazendo-o se sentir deslocado e igualmente envergonhado:

- Nossa! Que multidão!

- As garotas adoram ler a sorte. Bem, com exceção de nós três, né, meninas? – a albina pergunta para as gêmeas que consentem.

- Com certeza. Sério, não entendo como as outras garotas podem ser tão desesperadas. – a prateada comenta.

- Verdade, imouto. Põe desespero nisso. Além disso, está na cara que ele é um farsante.

- Concordo. Não acredito nisso. – a bronzeada consente.

- Vocês falaram uma grande verdade. Até parece que somos tão idiotas de acreditarmos em um charlatão como ele. – a albina fala, para depois, abanar a cabeça para os lados, enquanto exibia um semblante pesaroso – Pobres garotas que acreditam nisso.

Yukiko disse de maneira bem audível, principalmente ao ver um grupo de garotas na fila, esperando para serem atendidas.

Afinal, era necessário que elevassem as vozes para chamar a atenção do falso vidente, sendo que ela sorri consigo mesmo ao ver que algumas garotas morderam a sua isca:

- Como assim, somos coitadas?

- Isso mesmo! Retire o que disse! – outra exclama, enquanto evitava pensar no fato da albina ter uma beleza que a destacava das demais estudantes, assim como as gêmeas, sendo que as garotas daquela instituição invejavam Yukiko, Nuru e Kisara.

- Não vou retirar. A meu ver, não passam de pobres coitadas. – ela sorri com escárnio, ficando satisfeita ao ver que elas ficaram enfurecidas.

- Sua...!

- Silêncio, vocês aí! – uma das que serviam Kokurano exclama.

As estudantes que haviam gritado ficam envergonhadas por serem repreendidas por uma das que serviam Kokurano, sendo que ambas usavam um pentagrama na testa preso por uma tiara, além de usarem em volta do pescoço dois colares de contas, com um deles contendo contas redondas, enquanto que o outro era composto de contas curvadas chamadas de magatamas (勾 玉).

Elas murmuram pedidos de desculpas, enquanto ficavam cabisbaixas e curvadas, com a albina, a morena e a prateada revirando os olhos.

- O mestre Kokurano precisa se concentrar muito para usar os seus poderes. Se a energia negativa e a bagunça de vocês forem atrapalhar, podem sair imediatamente daqui!

- Não queremos sair! Nós sentimentos muito. Por favor, nos deixem ver o Kokurano-sama. – uma das garotas chega a se curvar, enquanto implorava, sendo seguida das outras.

A outra auxiliar olha longamente para elas e fala, mantendo um semblante sério:

- Então, calem-se e voltem para a fila.

Enquanto isso, o falso paranormal estava sentado em sua cadeira, possuindo um pano preto cobrindo o tampão da mesa, enquanto falava para uma garota rechonchuda:

- Você me entendeu? Você continuará a viver enquanto não morrer... Esse é o ponto mais importante.

- Eu entendi, Kokurano-sama! Que emoção! – ela exclama imensamente feliz, enquanto colocava as duas mãos no rosto.

Após alguns minutos, a última garota é atendida ao mesmo tempo em que o loiro se sentia envergonhado por ser o único rapaz, enquanto se aproximava junto de Yuugi, Yukiko, Nuru e Kisara.

Então, Kokurano questiona:

- Qual é a próxima?

Quando chegam perto dele, percebem que era um rapaz de cabelos em forma de cachos de banana de cor clara, usando uma capa preta e dois tipos de colares nenju por baixa da espécie de manto. Um deles era composto de pequenas contas redondas e o outro era composto de magatamas.

Almas predestinadasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora