A revanche de Jounouchi e Honda

33 6 0
                                    

Após golpeá-los novamente, os três se afastam, sendo que um deles fala, acenando de costas:

- Vamos ficar com os tênis. Pode voltar para casa, descalço! – ele termina rindo com satisfação, enquanto os outros dois marginais gargalhavam junto dele.

Atemu estava sentindo uma fúria sem limites que fazia com que as suas unhas arranhassem o apoio do trono onde estava sentado, enquanto controlava a sua magia e as sombras, conforme assimilava a dor que o seu amado sentia, além dos golpes.

O motivo de não ter assumido o controle naquele momento foi porque não desejava assustar o seu anfitrião ao revelar a sua existência para os amigos dele que poderiam questioná-lo, caso o vissem lidar com os bandidos facilmente, considerando a estatura e personalidade de Yuugi, fazendo o seu amado ficar com medo dele ao ter as suas dúvidas confirmadas, pois, iria sentir a perda do controle do seu corpo e mente para alguém dentro dele em virtude do stress da situação, sendo este um pensamento aterrador para qualquer um, já bastando o fato de um dia ele ter que se revelar para o seu amado, pois, era inevitável.

Afinal, a situação em que viviam, atualmente, com o espírito agindo secretamente sem que o jovem de orbes ametistas percebesse a sua existência, embora Mutou desconfiasse inconscientemente da sua presença, não podia ser mantida por muito tempo, considerado a incidência dos lapsos de memória que Yuugi vivenciava quando o Faraó tomava o controle para salvá-lo ou para aplicar a justiça que o seu amado merecia.

Atemu passa a respirar profundamente, enquanto buscava arduamente controlar a sua fúria pelo ato imperdoável, a seu ver, sendo que começa a se acalmar gradativamente, para depois, sorrir imensamente, pois, mesmo que não pudesse ter a oportunidade de vingar o seu amado, a meia dragoa que via o jovem como um filho iria caçá-los pessoalmente para se vingar. Ela nunca deixaria esse ataque passar impune e considerando o sorriso sádico que viu no rosto dela, ele não podia ficar mais feliz ao considerar o fato de que as suas presas deviam sofrer um inferno em vida e que a punição não cessava tão facilmente.

O Faraó confessava que se a oportunidade de reencontrá-la surgisse, iria perguntar o que fazia com aqueles que ela caçava, embora desconfiasse do destino deles.

Do lado de fora, os três amigos começam a se levantar, com o loiro olhando o trio que se afastava cada vez mais, para depois, se sentar, passando a olhar de Honda para Yuugi que estava sentando, também.

- Vo... Você está bem, Yuugi? – ele pergunta com evidente preocupação em sua voz ao ver o jovem de cabelos tricolores massageando um dos lados do rosto, enquanto gemia de dor.

O adolescente de orbes ametistas consegue consentir, para depois, o loiro olhar para o moreno, exclamando:

- Droga! Não passei de dois quarteirões usando aqueles tênis!

- Eles eram os tais caçadores, pelo visto. – Hiroto comenta, exibindo raiva em seu semblante, assim como Katusya.

Jounouchi se vira para o seu amigo e fala com uma voz pesarosa ao ver os ferimentos dele:

- Yuugi, desculpe tê-lo posto nessa encrenca.

- Não tem problema. Eu estou bem.

- Yuugi, você pode ir sozinho até o Burguer World?

- Hã?! E vocês? – ele pergunta com evidente preocupação em sua voz, exibindo confusão em seu semblante.

Hiroto fala, exibindo determinação em seus olhos, assim como o loiro:

- Nós queremos... Revanche!

Ambos se erguem e olham com um semblante que era um misto de determinação e fúria na direção que o trio de bandidos havia tomado para se afastar deles.

Almas predestinadasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora