Ushio

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- Se é inútil, por que não devolvem para ele, seus bastardos? – Yukiko havia acabado de chegar com Kisara e Nuru junto dela, fazendo Mutou comemorar em pensamento a chegada das suas amigas.

O loiro e o moreno sentem o sangue gelar ao verem a fúria da albina, sendo que a prateada estava ao lado dela e olhava com pena para o seu amigo, assim como a bronzeada, para depois as gêmeas fuzilarem ambos com os seus olhos ao mesmo tempo em que a meia dragoa entregava o sarcófago dourado para o seu amigo que agradece, passando a abraçar o seu tesouro contra o seu tórax.

Então, ela fica de costas para Yuugi e passa a sorrir malignamente, exibindo um brilho sádico em seus orbes azuis, fazendo Jounouchi e Honda recuarem porque estavam aterrorizados enquanto a albina estalava o pescoço, provocando calafrios de medo neles, para depois, sorrir sadicamente conforme falava:

- Bem, eu confesso que faz algum tempo que não quebro alguém. O som de ossos sendo quebrados é maravilhoso, sabia? É uma melodia tão doce.

A fala dela e o seu sorriso, assim como o comentário, os fazem ficarem apavorados, com ela caminhando lentamente em direção o loiro e ao moreno que se encolhem atemorizados contra a parede atrás deles, se abraçando, chegando a chorar de medo enquanto Nuru e Kisara avançavam junto da albina e era explicito no olhar delas o desejo de espancá-los enquanto que o da albina demonstrava um prazer sádico em surrá-los, algo que os deixou ainda mais aterrorizados.

Então, o avanço da princesa dos dragões é detido por Yuugi que segura o braço dela que desfaz automaticamente a aparência assustadora, antes de exibir uma face gentil para o seu amigo que sorri aliviado, fazendo um gesto de negação com a cabeça. Kisara e Nuru também olharam gentilmente para ele, desfazendo a sua face furiosa enquanto detinham o seu avanço.

Jounouchi e Honda, assim como qualquer outro que conhecia Yukiko, sabia que ela era capaz de surrar uma gangue facilmente, como a meia dragoa fez algumas vezes, além de terem experimentado a fúria dela juntamente com o fato de ouvirem boatos do deleite que a albina sentia em praticar sadismo nas gangues.

Portanto, eram plenamente cientes de que não tinham qualquer chance contra o trio enquanto sentiam muita raiva por serem salvos por Yuugi, novamente, uma vez que ele sempre as detinha de surrá-los na sala ou no entorno do colégio.

A albina suspira e fala, estreitando os olhos para ambos:

- Saiam daqui, antes que eu mude de ideia e parem de atormentar os mais fracos, vermes miseráveis... Vermes não, lixo. Os pobres vermes não merecem serem comparados a vocês dois.

Jounouchi e Honda iam rebater o que a albina disse, mas acabam perdendo a voz ao verem que a fúria retornou aos semblantes das três e ao se focarem em Yukiko, ambos sentem uma sensação gélida como a própria morte os envolvendo, para depois, se encontrarem na frente de um dragão imenso e felpudo de presas e garras afiadas, com ambos se vendo refletidos nas íris azuis coléricas. Eles observam amedrontados, o dragão alvo abrir as suas mandíbulas possantes e imensas, repletas de presas afiadas, liberando um rosnado ensurdecedor embebido na mais pura fúria e essa visão que surgiu na mente deles foi o suficiente para atemorizá-los novamente, com eles fugindo aterrorizados do local, fazendo Yuugi se surpreender pela velocidade que eles conseguiam correr quando se tratava de fugir das suas amigas e acreditava, piamente, que eles batiam qualquer recorde de velocidade quando fugiam tomados pelo terror.

O jovem de cabelos tricolores observa a fuga desenfreada deles, sendo algo que sempre ocorria quando ele detinha as suas amigas, sem saber que elas procuravam surrar a dupla fora do colégio, caso os encontrassem na rua após eles atormentarem o seu amigo e se o tormento os envolvesse batendo nele, o trio os caçava pela rua para devolver o dobro de dor que o amigo delas sofreu.

Almas predestinadasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora