Kisara e Nuru

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Notas históricas

Yo!

Eu quero explicar que para essa fanfiction usei o conceito de escravidão de outros países e não do Egito antigo.

A escravidão não era em termos de propriedade ou servidão forçada, sendo que é dificil, mesmo atualmente, pesquisar sobre isso em decorrência do fato de ser semelhante as palavras escravos e servo.

Inclusive, a palavra Hem é usada para servo e era usada para os escravos, trabalhadores e até sacerdotes, como a palavra Hemt–netjr (sumo sacerdote), sendo que seria "servo/escravo dos Deuses".

No Egito antigo não havia mercados de escravos como eram em outros reinos onde escravos eram vendidos nas ruas, fosse de forma direta ou por leilão. A escravidão por dívida compreendia relações privadas e igualmente documentadas com a dívida e os serviços que seriam prestados para pagamento da divida, sendo realizadas entre os clientes, conselhos locais ou escritórios de funcionários. Todos os homens, mulheres e crianças precisavam estar documentados com o seu nome, talentos especiais e etc. Após o pagamento da dívida, a escravidão/servidão era encerrada, sendo devolvida a liberdade para eles, de acordo com os documentos.

Portanto, a escravidão que não era regulamentada ou aquela oriunda de sequestro, não eram somente ilegais, sendo passiveis de punição. Eram também desaprovadas pela sociedade egipcia.

Inclusive, nesses casos, as famílias dos que foram escravizados podiam exigir o retorno de seus familiares escravizados como forma de compensação.

Quanto a escravidão infantil, as crianças eram proibidas de realizar trabalhos manuais, sendo que só podiam realizar trabalhos leves.

No tocante abuso sexual em escravos, estes casos eram muito raros, sendo que o estupro era crime, fosse em um escravo ou em um egípcio livre, além de ser condenado pela sociedade e igualmente desaprovado, porque se a mulher engravidasse, perturbaria a paz na casa, sendo que a casa era considerada sagrada para os egípcios.

Quanto as concubinas, mesmo sendo frequentemente negociadas como presentes entre governantes, todas as mulheres e homens que compreendiam esse grupo, escolheram por si mesmos essa vida, fazendo com que fossem treinados de forma semelhante a prostituição moderno, sendo que não possuíam a estigma associada a essa função ao contrário de outros países, além de serem em melhores ambientes.

No Egito antigo havia três tipos de escravidão:

- Escravos por dívidas, compreendendo homens e mulheres que vendiam a si mesmos e a família a escravidão para pagar a dívida e eram libertados assim que o trabalho fosse concluído.

- Prisioneiros / cativos de guerra, não se encontravam em melhor situação do que os servos pessoas comuns, sendo que eram integrados em grupos menores e colônias, fazendo com que se tornassem parte do império, sendo que também podiam ser dados aos templos, recompensas aos soldados por um bom serviço ou criados como servos no palácio. Quanto as condições de vida e direitos, eles eram muito semelhantes aos das pessoas livres e comuns.

Inclusive, podiam possuir propriedade, além de deterem direitos como os civis, sendo que trabalhavam em varias posições que iam desde empregados domésticos até assistentes de governos e se fossem empregados ou pertencessem a famílias influentes e/ou de elite mais ricas ou até mesmo ao próprio Faraó, eles conseguiam ascender facilmente em seu status, acabando por serem frequentemente melhores do que a maioria das pessoas comuns em virtude do fato de viverem dos bens dos seus mestres, juntamente com o acesso a todos os benefícios de acordo com o seu trabalho e posição.

Ademais, contrariando a visão de outros povos e contraditório às crenças populares adotadas em vários países, estes escravos eram demasiadamente apreciados pela sociedade egípcias em decorrência das cores de pele serem diferentes, com eles sendo vistos como parte da sociedade egípcia.

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