Capítulo 12 - Leila

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Minha mão treme tanto ao deslizar a caneta chique de Dr

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Minha mão treme tanto ao deslizar a caneta chique de Dr. Danilo... não, de Danilo, pelo papel, que as curvas das letras cursivas parecem uma obra de arte de Arthurzinho. Olho para minha assinatura nas três vias do contrato e enrugo o nariz em reprovação. O contrato da minha vida com a letra mais feia da minha vida. É realmente a minha cara!

Pelo menos agora tenho um trabalho e eu irei receber muito bem por ele. Seis meses passam rápido e não é como se eu precisasse ser próxima de Danilo longe dos olhos das pessoas. E tem o velho também, coitado, que está para morrer sem ver o neto se casar. Apesar de não ter me dado muito bem com Danilo de cara, entendo o lado dele, pois sei perfeitamente o que é fazer sacrifícios por quem a gente ama. No fim, estou fazendo tudo isso por uma boa causa e meus pais sequer ficarão sabendo. É perfeito!

Entretanto, mesmo estando ciente de tudo isso, ainda continuo com um frio na barriga quando Dr. Tales termina suas assinaturas como testemunha e confere pela última vez as cláusulas em Times New Roman, tamanho 12.

Ele me dá uma cópia do contrato e entrega outra para Danilo. A terceira via será registrada e arquivada, tudo conforme a lei, segundo ele. Não entendo muito dessas coisas, mas qualquer leigo sabe que uma assinatura num papel no Brasil vale muita coisa. Mesmo sendo podre de rico e podendo me dar um chá de sumiço se eu fizer qualquer gracinha, Danilo tem uma imagem a zelar e pode perder tanto quanto eu. Então ambos, ele e eu, temos que dar nosso melhor para fazer isso funcionar bem.

Danilo guarda a sua via do contrato numa gaveta com chave. Isso me faz pensar que preciso de algum lugar seguro para por isso até eu me mudar para a casa dele, porque Madu e Jonas fuçam tudo na E. M., e na casa da minha tia os meninos reviram até as gavetas de calcinhas do guarda-roupas que divido com Bruna.

— Não se esqueça de me passar a conta da empresa para que eu deposite o investimento, Leila. — Dr. Tales diz aquilo pela terceira vez e eu me forço a abrir um sorriso nervoso.

— Amanhã bem cedo envio tudo para o seu e-mail.

Combinamos que o investimento seria feito de forma anônima, porque meus amigos iriam acabar desconfiando se Danilo fosse nosso investidor e meu marido também. Vai ser difícil convencê-los de que estou me casando por amor, mas se eu não tentar comprá-los com minhas mentiras, eles vão acabar descobrindo a verdade de algum jeito.

Jonas é preocupado demais e Madu me liga o dia todo. A família da minha tia está acostumada a não me ver todos os dias e pode até acreditar que consegui um investidor e que pretendo morar sozinha, só que ao contrário deles, Jonas e Madu jamais acreditariam nessa história. Eles me seguiriam, bisbilhotariam e encheriam meu saco até que eu confessasse estar casada. Então é melhor dizer uma meia verdade e pedir para que me ajudem a manter essa informação longe dos meus pais e da minha tia por um tempo, do que me atolar em mentiras e mais mentiras.

— A partir de agora somos sócios, Leila. — Danilo estende a mão para mim. — Espero que possamos nos entender bem.

Limpo discretamente o suor da minha palma e aperto a mão dele. Evito olhá-lo nos olhos, porque desde que me vi prestes a assinar esse bendito contrato há um nó na minha garganta que ameaça me fazer chorar todas as vezes que nossos olhares se cruzam.

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