Capítulo 41 - Danilo

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— Eu amo você

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— Eu amo você.

As palavras dela reverberam dentro de mim com tanta força, que me dou um instante para absorvê-las. Me afasto um passo, olhando Leila nos olhos, pois uma parte de mim ainda não quer acreditar que tudo isso é real.

Eu amo você, pareço escutá-la dizendo de novo e de novo e de novo.

Não ouvi errado, tenho certeza disso. Não há mais ninguém nesta casa além de nós dois, eu não estou bêbado e nem sonhando. Leila disse que me ama. Sim, ela disse que me ama! Tenho vontade de começar a rir como um idiota. Não apenas isso, eu quero gargalhar alto também, abrir a janela do apartamento e gritar que ela me ama para que o condomínio, o bairro e até São Paulo inteira escute.

Eu a vejo se retesar um pouco, incerta sobre o que pensar sobre o meu silêncio. Adoraria conseguir colocar em palavras agora o quanto o meu coração parece que vai sair do peito por ter escutado que ela me ama, no entanto nada que passa pela minha cabeça soa suficiente. Não sei se existe uma maneira certa de dizer isso ou de confessar essas coisas, eu nem esperava ouvir algo do tipo vindo de Leila tão cedo, mas ainda assim eu só quero que ela saiba, melhor, eu quero que ela sinta o quanto são intensos e verdadeiros os meus sentimentos.

Tomo as mãos de Leila nas minhas, os dedos pequenos e delicados dela estão frios e trêmulos. Na verdade, ela inteira está estremecendo, tão frágil, que sinto que um sopro poderia fazê-la desabar. Consigo imaginar o quanto foi difícil dar esse passo entre nós dois e eu me sinto mais responsável do que nunca agora que tenho ideia da dimensão do que ela sente por mim.

— Não precisa dizer nada de volta se você não quiser. — Leila engole em seco, desviando os olhos dos meus antes que eu abra minha boca.

— Leila... — Tento, mas sou interrompido pelo nervosismo hesitante dela.

— Eu só não quero que você se sinta pressionado pelo que eu disse. Quer dizer, está tudo bem se...

Não permito que ela continue falando aquilo e a silencio com um beijo. As mãos dela apertam as minhas com força, procurando apoio em mim para não cair. Eu a trago para mais perto, a abraço apertado, dando a ela o tempo de que precisa para conseguir me ouvir com clareza.

Quando nos separamos e consigo olhá-la nos olhos de novo, percebo com certo alívio que o nervosismo receoso dela se transformou em expectativa. Não consigo deixar de sorrir diante daquilo.

— Leila Dias de Souza Torres, eu amo você. — Digo devagar para que minhas palavras a alcancem com a mesma força que as dela me alcançaram. — E eu não estou dizendo isso porque você acabou de dizer que me ama, eu estou dizendo isso porque eu amo muito você, eu amo tanto você que eu nem sei como expressar isso com palavras.

Leila fecha os olhos por um instante, comprimindo os lábios para conter o sorriso. Me aproveito do momento para trazê-la para perto de mim de novo, tocando gentilmente suas costas nuas.

Se a gente se casar domingo?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora