10. Trabalho e confusão I

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Diferentemente dos outros dias, hoje eu teria que ir a escola e ainda terminar aquele maldito trabalho na casa do Matias.

Eu, como a ótima aluna que sou, estava atrasada como sempre, mas não dava a mínima. Era só mais um dia normal.

Fui para a escola com meus fones no ouvido, escutando Happier Than Ever, da Billlie e fumando um cigarro.

Havia alguns professores no corredor que estavam me olhando estranho e balançando a cabeça em sinal de reprovação. O que aquilo queria dizer?

Entrei na sala e me deparei com um garoto, bem confortável e despreocupado, sentado em meu lugar. Meu sangue ferveu, eu já estava disposta a ir até lá e o expulsar, quando Daphinny simplesmente apareceu em minha frente, bloqueando a passagem.

- E você e o Matias hein? - falou com um sorrisinho besta, que queria dizer muito mais do que as palavras inúteis dela.

- O que você quer, garota? - perguntei impaciente.

- Todo mundo ficou sabendo que vocês mataram aula pra namorar. Ai Alone, vocês combinam tanto! Que casal lindo! - completou.

- Você tem provas que matamos aula para namorar, ou seja lá o quê? Porque diferente de você - a olhei de cima a baixo, apontando o dedo indicador em frente ao seu rosto. - Eu trabalho com fatos. Sem provas você não pode acusar ninguém. Vocês não deviam ficar falando da vida alheia, e sim cuidar da própria vida! Enxeridos.

Passei por ela em seguida e fui em direção a um certo folgado.

- Ei, garoto - ele me olhou, sem se preocupar. - Você está no meu lugar. Vaza!

Percebi que algumas pessoas que estavam por perto, olharam para ver o que estava acontecendo.

Ele riu ironicamente, me deixando ainda mais irritada.

- Eu não me lembro de ter visto o seu nome por aqui - respondeu, me desafiando.

Estreitei os olhos e peguei em seu pulso, disposta a o jogar para fora de minha cadeira.

Mas ele puxou o braço de volta, me levando junto até bem perto do seu rosto. Eu poderia simplesmente me soltar de seu braço e sentar em outro lugar. Mas isso não é o tipo de coisa que uma pessoa como eu faria.

- Você está me desafiando? - sussurrei.

- Digamos que eu goste de desafios... - Ele não estava flertando. Estava?

- Eu pareço um desafio para você? - provoquei, com diversão.

- Talvez... Quem sabe. Você me parece o tipo de garota que não gosta de ser enfrentada.

- Acertou. - soltei minha mão de seu braço e voltei a postura comum. - Vaza do meu lugar antes que eu te soque. - disse lentamente.

Ele se levantou, desistindo. - Ok, eu me rendo. - pegou a mochila e se sentou no lugar de trás.

A professora começou a fazer a chamada e fui a segunda a ser anunciada.

De repente o tal garoto jogou um bilhete em minha mesa.

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Ei gata, agora eu descobri teu nome, Alone Nicols.
É diferente, igual você, gosto de meninas diferentes...

Garoto De Trás vulgo >Ravi<
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Que pena que eu não gosto de meninos chatos e insistentes.

Alone pra você, não "gata".
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Alone Por Alone Onde histórias criam vida. Descubra agora