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Uma família do mundo empresarial onde seus segundos filhos secretamente são mafiosos ingleses, que controlam a cidade de Londres. Sebastian Máximo segue, não por vontade própria, o mesmo caminho. Mas apenas por um motivo... Vingança.
Em meio a e...
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Com a forte luz batendo contra o meu rosto, abri os olhos com dificuldade. O efeito do vinho ainda reverberava meu corpo.
Ontem a conversa com meu pai e Kimberly foi até altas horas, e com isso foi também três garrafas dos melhores vinhos que já provei, e olha que são poucos que me conquistam assim.
Meu plano era não exagerar na bebida mas tive um incentivo em ir contra a ele quando Noah insistiu em continuar ligando. Chegou um ponto que era impossível ouvir a voz dele e precisar mentir mais uma vez, mas como contar ao homem que ama que precisa se casar com outro?
Tinha vezes que achava ter certeza que já havia me decidido, mas aí vinha a avalanche de dúvidas que me fazia voltar ao ponto inicial do meu dilema. Era como se eu estivesse em uma praia e toda vez que eu ficasse de pé uma onda vinha para me desestabilizar.
Tinha horas que me sentia uma egoísta por não aceitar mas também tinha momentos em que me via vivendo em uma tortura caso minha resposta fosse sim.
O som do despertador me deu um susto fazendo meu coração bater mais rápido. Uns dias pra cá vinha acordando antes do meu celular tocar.
Antes de ir dormir recebi um e-mail da Cristal, — secretária do escritório— informando o horário da reunião. Por essa razão me forcei a levantar caminhando até o banheiro.
Trabalhar agora era a melhor coisa para me sentir útil e não ceder aos meus pensamentos.
Completamente nua na frente do espelho via a cicatriz que vinha me atormentando por longos anos, passei a mão sobre a elevação mas o som de um celular vibrando me distraiu.
Olhei para o aparelho sobre a pia de vidro e vi o nome de Noah na tela... Desliguei e fui pro box.
...
Apressei meus passos para chegar até o elevador antes que fechasse, e por uma fração de segundos achei que não conseguiria, mas uma mão o impediu de fechar.
— Obrigado.
Ao entrar no pequeno quebrado soltei um longo suspiro na tentativa de esvair minha frustração de um dia que mal começou. No caminho pra cá recebi pelo menos dez ligações do meu noivo, e todas elas foram rejeitadas.
Demorou um tempo para me dar conta de que não estava sozinha, tinha uma outra figura aqui. Logo reconheci seus fios loiros caídos de cascata pelo ombro.
— Cristal— Chamei ao vê-la no canto do elevador de cabeça baixa olhando fixamente para o celular.
Conheci Devens aos 17 anos, porém só tivemos uma proximidade aos 19 quando sua bolsa estourou e não tinha ninguém no escritório resultando comigo a levando para maternidade e acalmando o pai histérico do bebê.
Seu filho mais novo Kirian ganhou esse nome por minha causa, e fiquei completamente boba.
— Oi, Kiara.— Respondeu seca, olhando para o celular, que estava desligado.
