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Uma família do mundo empresarial onde seus segundos filhos secretamente são mafiosos ingleses, que controlam a cidade de Londres. Sebastian Máximo segue, não por vontade própria, o mesmo caminho. Mas apenas por um motivo... Vingança.
Em meio a e...
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O assunto sobre o pai de Morgana sempre foi algo delicado a se falar. Todos evitavam e por isso nunca soube de fato quem ele era ou quem supostamente deveria ser. Mas algo que sempre ficou claro quando mencionavam o cara era como tinha sido um traidor, e isso era o suficiente para Ravena, mãe de Mac não querer que o assunto viesse à tona.
Quando mais nova, Morgan tinha muitas perguntas, entretanto a mãe sempre foi reclusa sobre respondê-las. Eu tentei ir atrás, mas aquilo estressou Enrico, hoje vejo o porquê. Os avós maternos de MacMillan não tinham contato com a neta e nem tinham com a filha quando viva, por esse motivo, pela paternidade de sua única neta, o que honestamente, não faz sentido nenhum agora.
Sim, Morgana seria considerada bastarda por Ravena e Enrico não serem casados, mas ainda era mil vezes melhor do que deixarem pensar que ela era filha de um traidor. O que me leva a crer que eles não sabiam de quem era o filho de Ravena. Não conheci o Sr. nem a Sra. MacMillan mas diziam que os dois não dispensavam qualquer chance de se darem bem e ter como neta a filha do próximo Capo, com certeza era uma dessas chances, o que me leva a pensar que o próprio Enrico não quis assumir a paternidade.
— Isso não pode ser verdade. — Murmurou Morgana, cujo a cor tinha deixado seu rosto — Isso é mentira. Não sou filha dele...
Ela era filha do meu tio. Minha prima.
Casete, como nunca notei? A forma como ele tinha medo de que pudesse rolar alguma coisa entre mim e ela. Como sempre deixava ela falar da forma que quisesse com ele. Sem mencionar as semelhanças que agora eram nítidas. Os fios negros, os olhos azuis, a personalidade de uma mula e o gênio impossível.
— Deve estar errado. — Balbuciou a eterna garotinha que vivia na minha mente, a mesma que ja dormiu no meu colo soluçando pois queria dar um presente de dias dos pais a um pai cujo nem sabia o nome — Eu sou filha de um traidor, porra!
Notei Vargas engolir em seco ao ver uma lagrima trilhar o rosto agora vermelho de Morgana. Não precisava ser um gênio para ver como aquilo a destruiu, como a ficha de que toda a sua vida mentiram para ela estava caindo. Eu queria poder manter todos aqueles caquinhos no lugar, até que ela mesma pudesse fazer isso sozinha, mas estava na mesma situação que ela, vendo que meu tio renegou a própria filha. Mesmo que isso não importasse, saber que Morgana tinha o meu sangue teria mudado muitas coisas na minha infância mas não meus sentimentos por ela. Nunca me importou a porra de um DNA, ela era a minha menininha e sempre seria.
— O que mais tem nesse arquivo? — A voz fria de Vargas reverberou pelo lugar, pegando todos de surpresa.
Sabia que ela não esperava um abraço meu naquele momento, mas a forma como aqueles olhos azuis inundados por lagrimas olharam para a figura de pé, com os braços cruzados deixava nítido que esperava outra reação dele.
Mas diferente do que achei que faria, não me meti na relação dos dois. Prometi a ela que não moveria um dedo, pois foi escolha dela e mesma que desse tudo errado, teria que lidar com as consequências dos seus atos. Por isso, simplesmente desci meus olhos pelo documento, vendo tinha um anexo ao lado da certidão.
