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Como matar o monstro que há dentro de nós?Sem matar a nós mesmos?— O mundo devorou Susana—

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Como matar o monstro que há dentro de nós?
Sem matar a nós mesmos?
— O mundo devorou Susana—

Já havia se passado um mês.

O luto era como uma ferida em processo de cura, na hora não doía tanto por conta da adrenalina mas quando acabava sentíamos algo excruciante, só que pior. Isso porque não não víamos a ferida, apenas a sentíamos. Cada um tinha um certo tempo para se cicatrizar, esse era o meu caso, caso contrário eu já teria superado depois de 8 anos.

Não falava nem pensava muito sobre, ou pelo menos me esforçava, foi dessa forma que consegui lidar. Diziam que com o tempo tudo melhorava mas a verdade era que não passava de uma puta mentira. Com o tempo nós apenas aprendemos a conviver com a dor, porque ela sempre estaria ali, a todo e qualquer instante.

— Ela voltou a se encontrar com ele. — Proferi enquanto caminhava em direção a minha sala.

No segundo seguinte me repreendi, porque aquilo não devia importar, e não importava. Só era frustrante saber que ela não seguiu com a minha ordem. 

— Kiara? — Vargas, a pessoa que me acompanhava pelo caminho, perguntou com o cenho franzido.

Combinei singelo, em apenas um manear de cabeça.

Minha resposta foi um negar de cabeça, aquilo era um sinal de que tinha mais a falar e aquilo me deixou com raiva.

— Ela só faz isso pra me desafiar. — Resmunguei mais pra mim do que para figura ao meu lado.

— Apesar de discordar do seu comentário, ela estaria errada?— Vargas rebateu minha acusação.

Me virei repentinamente para o mesmo, que arqueou as sobrancelhas para mim, deixando claro que mantinha sua palavra.

— Cara, você além de dormir com outra mulher na casa de vocês, ainda foi com a mesma mulher que fez ela fazer aquilo que você usou como pretexto para levá-la ao ritual de casamento. Kiara tem uma pequena lascada no braço pra provar que tentou se redimir com você. — Falou convicto — Quem não iria revidar?

O casamento de sangue foi a forma que descobri que estava sendo enganado, caso contrário eu não a incomodaria com a quebra do nosso acordo. Quanto ao incidente com Agatha fazia mais de um mês, e não me arrependia. Depois que peguei a conversa no celular parecia que meu corpo já sabia o que fazer, mas eu deixei ela achar que estava ganhando, porque amava ver as pessoas se perdendo no próprio jogo.

Esperei uma semana quando estava a caminho de encontrar minha mãe e mandei uma mensagem para Kiara, com a simples função de nutrir meu ódio por vê-la mentir. Depois me vi colocando Agatha no meu carro e isso não estava nos meus planos, eu iria fazer com qualquer uma que me agradasse mas o destino quis outra coisa e não era bom contraria-lo, por isso deu no que deu.

Inocência Em Meio Ao Caos| Livro 1 - Quadrilogia Herdeiros Por SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora