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Não ir embora: Ato de amor e confiança

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Não ir embora: Ato de amor e confiança.
A menina que roubava livros.

Certamente não imaginei que as coisas começariam daquele jeito, um completo caos. Meu intuito com esse jantar era provar a mim mesma que conseguiria suportar, que não seria um inferno como meu cérebro alertava. Mas tudo que consegui foi a mais concreta prova que sim, seria uma tortura dos infernos.

Sebastian Máximo era o homem mais egoísta que já conheci. E como se não bastasse admitir na maior cara de pau que só aceitou o contrato porque queria a direção da sua empresa, também jogou na minha cara que não o agrado. Que o fato de eu estar na faculdade não era atraente e ainda teve a audácia de dizer que minha irmã seria mais propícia a ele.

Ele acha que isso era uma loja de esposas onde pode escolher seus próprios requisitos para a mulher perfeita?

Depois de tudo não me dei ao trabalho de tentar puxar assunto no caminho para Imperio Maximo. Fiz questão de mostrar meu desprezo com meu singelo silêncio, e para minha surpresa ele nem tentou desfazer minha má impressão.

Com semblante fechado e seus olhos verdes âmbar focados na estrada eu reparei em seus fios quase ruivos. Na verdade, castanho avermelhado, como destacava sua biografia que Kim leu. Óbvio que não fiquei encarando na cara dura, tinha ido preparada pra enxurrada de cantadas que minha irmã fez questão de ressaltar que ele faria, mas Sebastian não fez nada além de me secar com os olhos, é eu notei.

Cada vez que íamos chegando mais perto do destino final sentia mais próxima do precipício, e como escape fugia para os últimos dias, as risadas, conversas e o clima leve que tanto precisava. Passar aquele tempo com Noah foi essencial, e passar com Noah foi ainda melhor, pois soube que se aguentasse firme no fim teria a recompensa de voltar para os seus braços.

Eu o amo tanto que às vezes me assustava com a possibilidade de que assinar aquele documento significasse o fim da nossa história, mas com tudo queria acreditar que éramos fortes e essa era só mais uma das dificuldades que iremos enfrentar.

Agora de frente ao prédio de três andares, só que extremamente largo com letreiro dourado sinalizando o nome do lugar, tive certeza que não teria mais volta.

Sebastian estacionou dentro do prédio, uma área com pilastras amarelas repleta de carros. Ele destravou as portas antes desligar o automóvel. Antes que eu pudesse abrir a porta que me impedia de descer, senti o corpo quente se aproximar ao debruçar sobre minhas pernas para abrir por mim. Involuntariamente suspendi minha respiração pelo ato repentino, olhei de relance para ele que não retribuiu o contato visual já abrindo saindo do carro. Ajeitei meu vestido e fiz o mesmo.

Eu disse que era uma péssima ideia vir de longo, mas minha irmã insistiu pois mostrar minhas coxas de primeira me faria parecer atirada.

Respirei o ar quente ao invés do gélido que rondava o esportivo azul. Sebastian estava parado, só se pôs a andar quando fechei o carro e não tive outra opção a não ser segui-lo.

Inocência Em Meio Ao Caos| Livro 1 - Quadrilogia Herdeiros Por SangueWhere stories live. Discover now