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Uma família do mundo empresarial onde seus segundos filhos secretamente são mafiosos ingleses, que controlam a cidade de Londres. Sebastian Máximo segue, não por vontade própria, o mesmo caminho. Mas apenas por um motivo... Vingança.
Em meio a e...
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Se eu fosse um pouco iludido, diria que ela por um segundo, chegou a se importar com o que aconteceria comigo.
Eu não conseguia de maneira alguma tirar a expressão de medo que habitava no semblante de Kiara, em como seus lábios tremiam quando eu afastei o filho da puta que ousou tocar nela. Também não conseguia deixar de reviver o momento em que ela buscou a minha mão, implorando para que não fosse embora...
— Posso saber que merda você tem na cabeça para apontar a porra de uma arma pra minha mulher? — Ralhei indo em direção ao acompanhante do homem que antes me salvou.
— Fiquei sabendo do seu encontro com os russos. — Navita entrou na minha frente, antes que eu alcançasse seu homem— Então eu quem te pergunto. Que merda você tem na cabeça?
Suspirei recuando, porque não estava com nenhuma paciência hoje, mas ainda conseguia raciocinar.
— Quem te passou essa informação não deu ela completa, casete! — Ralhei abrindo a porta do meu escritório.
Imagina a minha surpresa quando vi o Capo de Nova York em frente a casa da minha família, e mais ainda quando ele deixou que outro homem tocasse no que era meu.
— Pensei que tivéssemos um acordo, Mikael. — Proferiu ele com desdém, olhando em volta.
— E nós temos. — Afirmei, apertando firme o meu maxilar.
— Não é o que parece. — Brandou Navita, se aproximando da mesa, enquanto o homem que o acompanhava esperava próximo a porta — Olha a minha surpresa quando chegou aos meus ouvidos que você se tornou Capo e pouquíssimo tempo depois encontrou os russos.
Fechei meus olhos, em busca de autocontrole.
— Você não estava lá, caralho! — Vociferou irritado com a insistência dele.
Olhei meu celular vendo se alguma mensagem de Kiara tinha chegado, mas nada.
— Você não se esqueceu que tem uma dívida comigo, ou preciso refrescar sua memória? — Questionou rindo enquanto se sentava na cadeira à minha frente.
Navita era um homem com pele parda, sem nenhuma barba, acho que nunca cresceu, e seu cabelo era castanho escorrido. Seus olhos eram puxados com uma tonalidade escura, isso provavelmente pela ascendência Coreana.
— Me lembro perfeitamente, e é por isso que nenhum de vocês estão mortos, inclusive o homem que colocou as mãos no que me pertence. — Fuzilei a figura que agora estava próximo ao seu chefe, e perto da porta tinha dois dos meus homens.
Quando me levaram para aquele inferno, eu pensei que ficaria para sempre sendo abusado e espancado, mas foi Navita quem me tirou de lá, eu tinha 16 e ele 21, quatro anos mais velho que eu.
— Há 10 anos atrás eu salvei sua vida. — Lembro-me com o seu ego grande de sempre.
— E por isso selamos a paz com sua área de Nova York. — Declarei, tirando minha arma da cintura para colocá-la sobre a mesa.
