Cap4

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Matheo Betrovic

Ela seria a minha cura, ou eu seria a sua destruição?

com toda certeza, aquela mulher não foi enviada para mim, mas eu a tomaria.

á menina dormia no banco de trás, mas em nenhum momento minha mariposa fechou seus olhos doces como um sonho ,sonho no qual ela me amava.'

mesmo que eu saiba que é só um sonho

 ela parecia atenta a tudo.

-porquê esta nos ajudando?

á mesma perguntou com Inocência, se ela soubesse que eu não era uma ajuda, se jogava do carro

-porquê não te ajudaria? '

a mesma encolheu seus braços curtos, abraçando seus ombros e me dando um sorriso inocente, porra eu estava obcecado pela minha mariposa.'

 -bom, ninguém nunca me ajudou tanto.

a mesma sorriu, repousando sua cabeça no vidro do carro, e dessa vez a mesma dormiu, e depois de 10min meu celular tocou, era um numero desconhecido.'

-Math?'

era uma voz conhecida,mas não lembrava quem

-Quem é porra? não sou adivinhador!

disse irritado, fazendo Paola olhar para mim assustada. mas meu carinho em suas mãos fez ela ficar menos assustada.'

 -eh!sou eu, Célia. estou com saudades mi amor!'

como eu ficava excitado com essa mulher? era uma das imigrantes da ONG que eu me diverti antes de achar minha mariposa.

-não me ligue se não tiver nada importante para falar'

quando desliguei, o silêncio se instalou dentro do carro e assim foi até chegarmos ao meu apartamento, que era em um hotel que fazia parte de umas das melhores compras que já fiz.

quando chegamos, peguei a menina que ainda dormia e minha mariposa andava a trás de mim encolhida, ela parecia com medo das pessoas, medo dos olhares.

-senhor!

o chofer cumprimenta e abre a porta e o elevador para nós

-para onde estamos indo senhor?

Paóla pergunta com receio me olhando diretamente com aqueles olhos doces e castanhos que nem mel, se eu pudesse a manteria presa em meu bolso para usar sempre que quiser

eu a tornaria minha de todas as formas, faria minha mariposa ser incapaz de viver em um mundo sem mim, ou melhor faria ela ver que só existe um mundo se eu estiver presente.

olhei pelo reflexo do espelho do elevador, e nós eramos perfeitos juntos...juntos.

quando entramos no apartamento, a mesma me seguiu confusa, ela ainda não entendia que viveria comigo.

-á partir de hoje vai morar comigo!

-até eu achar um emprego e poder pedir a guarda de matilda?

-não! para sempre!

disse simples, e a mesma ficou confusa.

-porquê?e seu pai? ele vai me reconhecer e mandar minha irmã para um orfanato

-se você ficar sempre quietinha, e dentro de casa meu pai não fará nada com você.

meu pai não faria nada com paóla, mas era bom que ela acreditasse que sim, assim a teria sempre dentro de casa

-vou sempre ficar aqui dentro eu prometo, só sairei com você

suas palavras foram um conforto para mim, nenhum homem além de mim poderia ter a graça de olhar para a minha mariposa

-então tem que me obedecer, sim?

-sim senhor.

ela disse baixando a cabeça

-me chame de Matheo

-Matheo

a mesma repetiu, indiquei para que a mesma deitasse com a matilda , e me deitei ao lado dela a abraçando,depois dessa mulher eu nunca mais seria o mesmo. sinto a respiração suave da pequena mulher em meus braços sinal de que a mesma dormiu.

e observava seus traços suaves mais ao mesmo tempo marcantes...inesquecíveis.

seus lábios vermelhos e bem desenhados, seu nariz pequeno porém gordinho, seus olhos meio puxados, suas sobrancelhas cheias e seus cabelos cheios e encaracolados espalhados pela minha almofada.

sua pele negra brilhava com a iluminação do meu quarto, e seu cheiro...porra seu cheiro seria a minha desgraça, era indescritível, minha mariposa cheirava a frutas, sim! esse era o cheiro alguma fruta que eu não conseguia saber agora.

afundei meu nariz no vão do seu pescoço e foi com aquele cheiro doce que eu acabei dormindo, e foi um sono tranquilo, pela primeira vez na vida eu não tinha sonhado com minha mãe sendo morta á socos.

acho que minha mariposa era uma prisão, e eu nunca seria solto.

A morta de fome || Matheo BetrovicWhere stories live. Discover now