Cap24

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Matheo betrovic

antifrágil

era isso que eu estava tentando ser essa semana. porque mais uma vez o sentimento de perda se fazia presente.

meu pai estava morrendo,eram as palavras do médico

 o grande alexânder betrovic estava morrendo,e deixando seu filho para trás, era o que os inimigos que eu nem conhecia diziam.eu sentia o peso se repousando em mim aos poucos.

então eu só estava tentando resolver as coisas e deixando de lado a mulher que agora pousava em revistas com a cabeça erguida e majestosa, os olhos brilhantes em todas as fotos que o filho da puta do harmer a segurava.

segurava o que é meu!

-senhor!

meu assistente e chefe de segurança entra com o semblante abatido.

-o que foi?

-o presidente!

porra meu pai!

saímos quase atropelando todo mundo que circulava pelo enorme prédio da empresa, e fomos que nem um furacão, foram 20min até o hospital top de linha que meu pai está.

"estava" meu cérebro alerta.

fazendo minha cabeça doer ,eu me sentia anestesiado, de novo não.

eu implorava.

mas pela cara do médico ao me ver, já tinha percebido que a sorte não estava comigo hoje.

-sr.betrovic, lamentamos...

ignorei as falas do mesmo e entrei na sala onde meu pai estava internado, e aquela cena me doeu, doeu como nunca, pela segunda vez na vida eu estava chorando, e pela segunda vez era por causa da morte de um deles.

primeiro foi ela, e agora ele.porquê a vida me tirava as coisas tão cedo?

senti meu corpo tendo contacto com o corpo gelado deitado sobre a maca sem nenhuma célula viva sobre a cama,definitivamente agora eu estava sozinho nesse inferno que eu tinha abraçado como sendo meu mundo.

meu corpo relaxou quando senti braços circularem meu ombros atrás de mim.

-está tudo bem! eu estou aqui, matilda está aqui! está tudo bem.

Paola falava suavemente perto do meu ouvido,e senti seu corpo abraçando o meu com mais força, e eu só pude me segurar nela como se minha vida dependesse disso.

melhor...minha vida dependia disso agora

e depois de ser consolado pelas as duas,mantive meu abraço ao redor de matilda enquanto Paola me abraçava, procurava consolar minha matilda a mesma chorava depois de ter percebido, porque o "papai" e "nana" estavam tristes

 e quando ela percebeu que o seu mais recente avó tinha falecido a mesma desatou em lagrimas, ela tinha percebido que nunca mais veria o homem com fios brancos contando histórias para ele

 e que a viagem que meu pai prometerá á ela onde os dois iriam no mundo da fantasia, provavelmente "disney"meu pai era bom de lábia, não aconteceria mais. que seu avó nunca mais a buscaria na escola nem passaria o fim-de-semana a enchendo de doces, seu cúmplice havia partido

-aqui!

Paola me entregou uma carta, me deixando confuso apenas reparava como mesmo com os longos fios encaracolados soltos e a cara inchada, a mesma ainda era linda.

-seu pai que deixou!

a mesma me explicou, e eu me levantei as deixando na companhia dos meus seguranças, e comecei a ler.

"desde o momento que sua mãe morreu e você passou a me odiar, eu sentia vontade de pedir perdão á você todos os dias, mas nunca tive coragem e depois acabei ficando com esse câncer mortal. 

vivia te atormentando para ser um homem melhor que eu, eu sei que tenho te sobrecarregado Matheo,e  sou culpado pelas suas falhas, deixei o nosso mundo te criar ,por minha culpa sua mãe morreu...culpe-me por tudo filho.

mas não cometa os mesmos erros que eu! proteja sua família...e você sabe que são elas! a sua família de verdade! você poderia por favor dar outra chance a história dos seus pais, sem os mesmo erros que cometi no passado?"

e esse foi o final da carta, perdido em pensamentos tentando digerir tudo que meu pai estava tentando me dizer na carta, ouvi a voz de cecília.

-amor! você esta aqui, estou muito triste que sei pai tenha morrido, ele não vai poder estar ao seu lado no altar.

sua voz irritantemente aguda, fazia minha cabeça estremecer

 essa era a diferença entre as duas, diferente de cecília Paola era sincera, Paola era suave até mesmo nas palavras, e apesar de ter a humilhado e feito inúmeras ameças Paola correu até aqui em segundos para me abraçar simplesmente.

e isso já dizia muito sobre ela, me afastei de cecília seu toque me causava aversão.eu só precisava esperar esse bebê nascer para comprovar a maternidade e assumir minhas responsabilidades, cecília não tinha nada contra mim agora, já que meu pai morreu e todos os acordos ilegais que meu pai fez com o pai da mesma haviam morrido junto com ele.



A morta de fome || Matheo BetrovicWhere stories live. Discover now