Cap6

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Matheo betrovic

a verdade é que eu tinha acabado com imagem que eu estava tentando construir para minha mariposa.

perdi o controle de tudo, e levantei a mão para ela nunca foi a minha intenção, mas eu fiquei fora de controle ao chegar em casa e não encontrar nenhum vestígio delas duas.

eu jamais conseguiria respirar sabendo que paóla tinha fugido de mim.

observava ela dormindo com seu rosto angelical, marcado pela minha mão e me odiaria por isso pelo resto da minha vida,e minha vontade era de arrancar esse vestido vulgar que ela colocou em seu corpo para sair.

aonde ela tinha encontrado esse tipo de roupa? eu fiz questão de comprar roupas que não marcassem seu corpo. enquanto minha mente borbulha de raiva por ela ter se mostrado ao mundo, seu corpo se mexe angelicalmente dando sinais de que estava prestes a acordar.

seus olhos castanhos me encaram com terror, mas ela não faz nenhum movimento brusco, até parecia que ela era habituada com demônios, sim eu acho que tenho sido um demônio desde que minha mãe morreu

porque ela era a única que tinha esperança naquele menino tímido e estranho, naquela criança que tinha herdado desde a aparência ao comportamento de um pai frio e cruel, ela era a única que tinha fé em mim, e eu gostaria de ver através de seus olhos e talvez eu tivesse salvação.

-mariposa

digo com a voz embragada e cheia de mágoa, eu tinha a machucado, e logo que minha voz ressoa, lagrimas caem dos olhos dela...machucada ela parecia.

-querida, me desculpe eu perdi o controle, pensei que tivesse fugido

minha declaração faz a mesma tremer

-eu estou presa? no, por Dios dejame ir

ela fala  misturado com espanhol com um terror presente em seu olhar, e isso me irrita.

-NÃO! você não vai a lugar nenhum,seu lugar é comigo.

-porquê? só me deixe ir, não me importo de viver na rua, só não me prenda aqui, me deixe ir eu te imploro.

disse se atirando no chão de joelhos com as mãos como se estivesse rezando, e olhando profundamente nos meus olhos, e isso me atingiu de forma negativa, porquê as pessoas que eu amava sempre queria se livrar de mim?

-você não pode ir embora querida!

disse e a mesma limpou seus olhos olhando para a porta do quarto, e sussurrou para mim talvez não queria que matilda nos ouvisse.

-porquê?

fechei meus olhos apreciando sua voz, eu amava essa mulher, tudo nela me deixava como se eu estivesse no céu.

minha felicidade era a minha borboleta, minha mariposa. eu pegaria ela para mim e a trancaria, porque ela era rara, sua cor era única, sua beleza era sutil e esplendedora.

-me responda porquê?

ela perguntou novamente desesperada, seu corpo tremia absurdamente, e quando peguei sua mão a mesma estava quente.

-pela lei, a guarda de matilda agora é minha!

não era suposto ela saber disso, mas eu previ que um dia ela quisesse ir embora, mas não paóla. você não vai nem que eu tenha que amarra-la nessa casa

-você me manipulou, você nunca quis me ajudar, só quer que eu fique presa ao seu lado.

a mesma falava tudo aterrorizada.

-eu te amo mariposa.

minha declaração faz soluços e mais lagrimas saírem de seus olhos, eu era um monstro, porque eu tinha dito a uma mulher que eu a amava pela primeira vez e a mesma está chorando na minha frente, chorando aterrorizada.

-porquê me ama como se me odiasse?

interrompo suas palavras, dando um beijo em sua testa, eu precisava sentir sua pele, seu calor, seu perfume.

-eu te odeio!

a mesma diz, tentando se afastar do meu aperto desesperado.

-então me odeie como se me amasse.



A morta de fome || Matheo BetrovicWhere stories live. Discover now