Matheo betrovic
nicotina e raiva reverberava por todo meu sangue.
era o quarto cigarro que eu fumava, era isso que Paola fazia comigo, ela despertava todos os meus piores vícios.
"recuperando a guarda dela!"
a ratinha falou confiante e com o nariz empinado como se fosse maior que eu! ela tinha se esquecido de onde tinha vindo? ela se esqueceu de quem tinha a ensinado todas as merdas que ela sabe agora inclusive a falar?
vi sua entrevista do principio pio ao fim porque estava preocupado com ela, mas parece que agora ela estava aprendendo a se defender e a caminhar sozinha.
mas eu cortaria as asas ou as pernas de Paola o que fosse! mas ela pararia de andar da forma que tem feito ultimamente...sua desnecessidade em relação á mim me incomodava.
morreríamos juntos.
-porra!
ri de meus pensamentos, eu estava obcecado.
abri meu cofre e peguei minha arma, acompanhado de mais dois seguranças fui á caminho da merda da agência pegar minha mariposa.
eu estava fora de mim, eu sabia...mas o que era o inferno para diabo? exatamente...nada!
com o carro parado exatamente na hora que Paola saía, meu seguranças á cercaram mas ela estava com harmer, e isso me irritou ainda mais. ao ponto de eu sair do carro descontrolado com a arma em mãos.
-o que está fazendo aqui?
Paola disse quando notou a arma em minhas mãos, mas a mão de harmer em sua cintura foi um incomodo, um incomodo que me fez mirar a arma em sua direção.
mas imediatamente Paola se colocou a sua frente. caminhando em minha direção.
-pare com esse teatro agora!
Paola disse com o tom duro. eu estava imóvel...não eu estava confuso!
eu acabei de apontar uma arma e ela estava me tratando como se eu fosse um maluco? uma criança birrenta
-cale!
disse irritado, a puxando até o carro.
e fomos ao apartamento, a mesma não falava nada. e eu fui descobrir o porquê quando entramos no apartamento e não havia nada dela nem de matilda.
-O QUE VOCÊ FEZ?
disse alterado, ela teve a coragem de sair do apartamento?
-eu saí da sua vida, me esquece!
-te esquecer? é melhor parar com essa palhaçada porque eu posso te fazer ficar doente se te contasse que matilda nem sequer tem seu sangue.
via a mulher pequena parar estática.
-o quê? não ía me tirar a guarda dela garanhona?
disse rindo, isso...era assim que eu gostava de ver a minha mariposa.
-você está mentindo?
a mesma falava absorta de tudo em negação, que nem percebeu eu cheirando seus cabelos, porra! como eu sentia saudade dela.
-o que eu ganho te provando que é verdade? prefiro ver você dando com a cara no chão quando o tribunal dizer que não tem nenhum laço sanguíneo com minha filha,para exigir sua guarda.
-MATILDA É MINHA!
gritou tentando se afastar de meu aperto em seu corpo miúdo, já que impossibilitei que seus pês tocassem o chão.
-E VOCÊ É MINHA! VOCÊS AS DUAS SÃO MINHAS!
senti uma dor quando suas unhas alcançaram meu rosto me arranhando, me fazendo solta-la.
-eu te odeio!
-você me ama Paola! pode negar o quanto quiser, mas eu vejo bem no fundo dos seus olhinhos o quanto me ama, e o quanto está magoado por eu ter te deixado, por não ter te escolhido,minha lembrança de você se ajoelhando para eu não te deixar naquele dia ainda está bem viva aqui.
a mesma chorava descontroladamente.
-pode fingir o quanto quiser, pode interpretar esse papel o quanto quiser mariposa, mas eu sei como fazer a menina chorona voltar sempre que quero.
-será mesmo sr.betrovic?
ela disse rindo limpando as lagrimas.
-prefiro chorar, do que ser louca por alguém como você é!vive me farejando para levar um pouco do meu cheiro para casa, para onde corre quando a estérica da sua mulher está em casa?exatamente !
-cale-se agora!
disse irritado
-AGORA EU NÃO ME CALO MAIS! sim eu te amo, porque você me manipulou para que eu assim o fizesse, mas eu descobri que posso gostar de outros homens e te desejo o melhor vá viver sua vida luxuosa quem é você para julgar quem sou? não é você que largou tudo desesperado porque se deu conta que já não é nada para mim?
meu pulso se apertava firme
-eu posso até ter sido dependente de você no passado,não mais. veja a realidade conforme ela é.me pergunto se não vê que está enlouquecendo.
-VOCÊ ME PAGA!
a mesma saiu pegando sua bolsa batendo a porta, eu ainda atingia ela ,mas não por completo.
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A morta de fome || Matheo Betrovic
Mystery / Thrilleruma mulher sem identidade...Paola tinha nascido á meio da miséria com sua irmã, a miséria fez dela uma mulher fraca, fraca o suficiente para ser só mais uma borboleta presa na gaiola de Matheo betrovic.