Cap25

2.4K 268 35
                                    

Paola

sim! agora eu era uma mulher sucedida por conta própria.

e tinha uma menina linda, que me via como sua progenitora...mas Matheo ainda era uma variável na equação da minha vida, e todos sabem que não é fácil isolar uma variável.

 e desde que seu pai morreu ele agia estranho, parece que tinha se tornado outra pessoa. sempre visitando eu e matilda, e nunca tocando no nome do harmer mas ele sabia que nós os dois estávamos num tipo de relacionamento.

e pensar nisso me deixa boba, apesar de não termos transado ainda, as caricias de sr.harmer me diziam que logo logo isso aconteceria.

eu estava feliz que chegava a tremer, quando ouvi meu celular tocar atendi ansiosa quando vi o william harmer piscando.

-oi

-oi minha peça de arte.

eu não vou mentir que me sentia em um pedestal quando william me elogiava, mas dessa vez seu tom era pesado e desanimado, e eu nunca tinha visto esse homem desanimado.

-o que foi? tá tudo bem william?

ouvi um suspiro do outro lado da linha.

-sim, posso te ver?

-agora?

disse surpresa, eram 10h da noite, matty estava dormindo depois de ter passado o dia na casa do pai, tentando o distrair.

-sim!eu preciso ver você mulher!

sua fala me fez se sentir envergonhada.

-sim!venha até mim , eu estou te esperando.

20 min depois

depois de ter colocado um vestido de cetim, que realçava minhas curvas batia os pés impaciente no chão da sala esperando William, e meu corpo se levantou automaticamente quando minha campainha tocou.

quando abri a porta me estiquei o abraçando, senti seus lábios em minha nuca, e depois em meus pulsos, seu semblante não era bom.

-você está estranho william, o que se passa?

-você tem um café?

ele fugiu de minha pergunta, e fui buscar seu café enquanto via ele se livrando de seu palito atirando em meu sofá.

enquanto puxava seus fios para trás com impaciência e seu maxilar trincado me deu a certeza que esse homem não estava bem hoje.

pousei o café á sua frente, e me sentei em seu colo tentando desvendar william ,ele amava me abraçar e eu amava me sentir abraçada...protegida.

beijei seus lábios tomando iniciativa, e pude sentir o café ainda em seu beijo, meu corpo se arrepiou quando senti suas mãos agarrando meu quadril...será que hoje passaríamos dos amassos, minha mente gritava ansiosa.

mas para minha surpresa ele me afastou segurando meus dois pulsos com delicadeza.

-eu não posso!está errado Paola!

ele disse afastando suas mãos de mim, como se meu toque o machucasse.

-o que está errado william?

disse já com o gosto amargo em minha bile, eu conhecia essa história.

-me sinto envergonhado de fazer isso, mas preciso me proteger.

-está me rejeitando?o que Math...

-é por isso que estou te deixando!

como assim? estava confusa.

-apesar de tudo que ele te fez, você ainda vai continuar tendo uma ligação com ele, você ainda o ama, me provou isso ontem quando estávamos jantando e não precisou saber o que aconteceu, só de ouvir o nome dele você correu até ele.

-o pai dele tinha morrido!

disse me sentindo atacada.

-você não sabia dessa informação, não se engane Paola. pois não quero ser sua segunda opção.

lagrimas caíram de meus olhos, o que eu tinha feito de errado?

-não ,não chore meu amor!não posso ver você assim...mas não quero ver você se esforçando em vão.

-fique por favor!eu prometo...

disse ainda em seu colo, o abraçando com todas as forças que eu tinha, não me importava se estava o sufocando.

-o quê? que vai me amar? você nunca vai me amar Paola! vamos continuar sendo amigos, você é a marca da minha empresa literalmente.

olhei no fundo dos olhos claros, porque eu não amava William?

-não pode mais me beijar sempre que quiser, ou me procurar sempre que tudo estiver um inferno, sou seu amigo agora Paola não sua válvula de escape, não tente se aproveitar das qualidades que Matheo não tem em mim. porque na verdade sou seu espaço vazio, onde você vem quando está tudo confuso demais. e eu nunca serei o vazio de ninguém.

e assim ele se foi pousando meu corpo sobre o sofá, e saiu esquecendo seu palitó. e eu só pudi me aconchegar sobre o pedaço de roupa, essa séria a última vez que eu sentiria seu perfume de perto.


não façam pessoas de seu espaço vazio, todos têm sentimentos

A morta de fome || Matheo BetrovicWhere stories live. Discover now