Cap8

4.4K 430 22
                                    

Matheo betrovic

sou um homem maleável por ela. qualquer coisa que minha mariposa fizesse meus olhos gostavam de captar, como a forma adorável que ela encolhia suas mãos dentro do carro.

-onde estamos indo nana?

nossa princesa fala, mas Paola parece distante da realidade hoje.

-estamos indo na casa do seu avô!

-meu avô?

ela pergunta confusa.

-sim princesa, na casa do meu pai.

ela sorriu com minha resposta, era muito fácil fazer uma criança de 8 anos sorrir.

quando chegamos, abri a porta do carro para as duas, e a figura do meu pai, se encontrava parada na porta da mansão, ele havia descoberto que eu estava vivendo com Paola, por isso pediu que as trouxesse, eu já sabia que ele iria tentar me convencer a deixar Paola em paz, mas eu nunca faria isso, nunca.

caminhamos até a sala em silêncio, a não a ser o som dos pulos que matilda dava enquanto segurava a mão do meu pai, matilda foi a única a fazer esse homem sorrir depois de quase 15 anos.

-olha nana! parece com você!

matilda diz eufórica quando viu o quadro enorme pintado a mão pelo meu pai com um retrato de minha mãe, o último na verdade.

o comentário de matilda fez pela primeira vez meu pai encarar Paola, e isso despertou um incomodo em mim, se não ciúmes. a forma que ele encarava Paola com surpresa, o que me fez se colocar a frente da mesma que, que até agora não se pronunciava.

o que fez meu pai rir com uma expressão incrédula.

-matilda por que não vai dar uma volta com sua nana? o que me diz?

Paola logo pega matilda e caminham até o jardim, com seu olhar preso em mim, ela estava com medo, eu sentia isso.

-vamos até meu escritório

meu pai diz.

-sabe, eu até entendo essa fixação pela garota, ela te lembra sua mãe!

ele disse suspirando, e continuou...

 -não só na aparência, e por ser cubana  mas na forma como anda,sues gestos, e seu olhar lembra o de sua mãe aquele olhar de medo, e isso me assusta.  mas é somente isso, porquê quer desenterrar de novo o passado? porquê tem que nos fazer viver de novo tudo que levamos tempo para suportar?

-eu não tenho culpa que não conseguiu proteger a mulher que amava pai, se a mãe morreu foi sua culpa, não tente jogar isso em mim.

ele riu sarcástico

-pedir a guarda da menina tão desesperadamente para o advogado da família era por ela?você está chantageando ela?porra, você é pior que eu, parece até maldição, espero que saiba o que está fazendo, só não venha se rastejar quando a merda que nos cerca afetar essa pobre mulher.

ele disse me abandonando no escritório, com o meu sangue fervendo

 quando voltei para sala encontrei eles na mesa jantando e para minha surpresa Paola falava abertamente com meu pai, mas quando notou a minha presença a mesma se calou.

de volta á casa, matilda tinha adormecido e só se ouvia a respiração acelerada de Paola, ela queria me dizer algo com certeza.

-eu vou fazer tudo que me dizer, se prometer nunca mais me bater...

Paola disse suavemente, enquanto eu mantinha meus braços ao seu redor, era a única maneira que eu encontrava de dormir, mas sua fala naquele dia foi o motivo de eu não ter dormido, eu tinha agredido a mesma num momento de raiva, e isso foi um dos primeiros arrependimentos da minha vida.



A morta de fome || Matheo BetrovicWhere stories live. Discover now