Cap18

2.8K 311 10
                                    

Matheo betrovic

o meu dia começou da pior maneira.

-senhor!

meu assistente diz entrando na minha sala com um semblante abatido, e por momento pensei que algo tivesse acontecido com elas...

-a sr. Paola!

ele logo me entrega uma revista que estava em suas mãos e quando eu pego a revista meu cérebro para.

-que porra é essa?

-parece que a sr. Paola virou modelo!

logo me irritei e atirei a revista com força para qualquer canto da sala

-PARECE? A PAOLA ME PAGA, QUEM DISSE QUE ELA PODIA ? PREPARE O MEU CARRO.

disse transtornado.

-ligue para quem for a porra do dono da agência agora!

tentei me acalmar mas foi impossível.

-senhor...

meu agente me passa o celular.

-fiquei surpreso ao saber que o grande Matheo betrovic queria falar comigo.

-filho de uma puta

o dono dessa agência de quinta era william harmer? 

-quero que tire todas as fotos de Paola do vosso catálogo e termine o contrato com ela!

-isso está fora de questão, parece que ainda acha que pode controlar o mundo.mas eu vou te mostrar que não! pegando Paola para mim...aquela mulher é inacreditável...ou melhor ela nem é uma mulher é uma deusa.

com raiva amassava os papeis presentes na mesa.

-se não fizer o que eu estou mandando...vou fazer esse seu castelo cheio de manaquins cair.

-isso é uma ameaça sr.betrovic?

-se sente ameaçado sr.harmer?

-você não é nada mais que um menino mimado, quero ver se vai ter todo esse poder quando seu pai morrer.

e com essa fala do mesmo foi impossível não atirar o celular em minha mão ao chão, vi o celular de despedaçar no chão, raiva me consumia...por perceber que meu pai estava indo aos poucos assim como minha mãe se foi, e não havia nada que eu pudesse fazer.

algo me separava das pessoas que eu amava,eu não pertencia, e algo bloqueava minha fuga.

minha vida até os dias de hoje se resumiam em estar preparado para as câmeras  e holofotes

tempo depois

-ela não sente vergonha? é sustentada por você e aparece por aí sem nenhuma vergonha na cara.

a mulher que eu fui obrigado a casar falava no meu ouvido "cecília".

-eu estou cansado!

-CANSADO? e eu estou grávida do seu filho LEGITIMO, carrega seu sangue, pena que seu pai não vai conhece-lo!

eu tentava me controlar por essa criança que a mesma carregava mas não dava mais.

-SE VOLTAR A INSINUAR ALGO SOBRE MINHA FILHA OU MEU PAI EU JURO QUE TE MATO!

disse saindo do quarto antes que perdesse o controle da situação e sem perceber eu estava dirigindo á caminho do meu apartamento onde Paola e matilda estavam.

ansioso quando cruzei o corredor e ouvi a risada das duas, lembrei do quando sentia saudades das duas, abri a porta pois tinha a cópia das chave.

 me deparei com as duas jantando 

-PAPAIIII!

matilda correu até mim abraçando minhas pernas e eu sentia falta dessa sua mania, Paola nada fez do que me olhar assustada, e eu não á julgava porque meu olhar sobre ela era quase maníaco.

admirei a silhueta de seu corpo,como sua pele acastanhada aparentava estar mais macia do que nunca, seu cabelo agora  mais longo tocava sua cintura.

-boa noite.

disse com esperança de ouvir a sua voz, era tudo que eu precisava...ouvir sua voz. e depois eu poderia ir embora, mas ela nada fez á não ser um aceno com a cabeça.

e foi assim até a hora em que matilda pediu para que eu á contasse uma história e a mesma adormeceu sobre o sofá , e a levei até seu quarto.

-o que veio fazer aqui?

sim!sua voz continuava a mesma, doce como minha mente lembrava

-eu quis ver matilda!

mentira! meu cérebro gritava.

-você não precisa pisar nessa casa para ver matilda!

a mesma disse em um tom duro, e isso me irritou...sua defensiva me irritou, sua postura me irritou, a forma como ela falava comigo agora me irritou

sua independência me irritou!

-lembre que essa casa é minha! e lembre que matilda é minha filha!

-diferente de você sr.betrovic eu não sinto prazer na dor dos outros,pode deixar que até amanhá ás 9h da manhã eu deixo á sua casa!

-se fizer isso eu te tiro matilda!

foi a única coisa que eu pensei para manter Paola ao meu lado, agora eu já não tinha sua dependência financeira, ou seja os motivos para que Paola precisasse de mim estavam diminuindo.

-você me enoja, não me faça te xingar, você me tirou da sua vida sem me dizer o porquê e ousa ameaçar de me pôr na rua quando eu decido refazer a minha vida? não descarregue sua merda para cima de mim Matheo betrovic.



A morta de fome || Matheo BetrovicWhere stories live. Discover now