Cap11

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Paola

Nesse momento já não importava o preço que eu teria que pagar, mas eu precisava ter um pouco de controle da minha vida.

esse homem estava me danificando,e ainda assim ele parecia desesperado por mim, desesperado por meu corpo.eu via seus olhos me dizendo afogando em um suspiro, fique ao meu lado.

-você disse que podia me dar tudo que eu quero...

minha fala o tirou de um transe que nem mesmo eu havia notado, se não fosse seu olhar perdido, e o mesmo caminhou até a varanda do quarto, onde soprava o ar gelado., me dando as costas ,eu precisava manipular esse homem de qualquer jeito. meu desespero era palpável.

-você disse que me daria tudo que eu pedisse!

repeti a frase já extasiada, por não ter nenhuma resposta dele, por isso o segui e quando cheguei próximo á ele, fui surpreendida com meu corpo sendo inclinado no rodapé da varanda, minha respiração em prantos, ele iria me matar?

-pare de tentar jogar comigo pirralha!

aquele já não era o homem que havia me prometido o mundo, se não fosse a mão de matheo, eu cairia do topo do prédio até ao chão, já que estávamos na cobertura.

 ouvia a buzina de carros, o zumbido do vento forte e gelado tocando a minha cara.

e todo o peso do meu corpo era sustentado por uma única mão dele.

-não faça isso eu te impl...

-o quê? o que eu estou fazendo?

ele inclinou ainda mais meu corpo, puxando meu coro cabeludo, e eu apertei meus olhos pelo medo e horror, ele seria capaz de me atirar dessa varanda?

-como você pode dizer que ama, e em outro momento estar prestes a atirar meu corpo dessa altura!

confessei áspera...

-você é doente...

naquele momento eu já estava nem aí para tudo, se eu tivesse que morrer seria falando a verdade,tinha algo errado com esse homem.

-o que você disse?

em sua testa uma veia se sobressaltava mostrando sua raiva

-você-é-doente!

disse soletrando cada som com uma coragem que eu não sabia da onde tinha saído.

e me arrependi disso, quando senti meu corpo ser lançado, mas não da varanda da cobertura. e sim para o chão me fazendo bater com o corpo na parede fazendo um estrondo grande.

-NANAAAA!

era a voz de matilda, e toda aquela coragem que eu tinha reunido foi para o ralo,matilda batia a porta desesperadamente, provavelmente preocupada, tão inocente,tão doce...no que eu havia nos metido pequena?

-PA-PAPAI!

a mesma chama, fazendo meu coração quase sair pela boca, e Matheo correr em direção á mim desesperado me levantando e checando meu corpo.

-desculpa, desculpa meu amor...o que eu fiz, me perdoe,é a última vez eu prometo

o mesmo falava tudo muito rápido atropelando as palavras, e se ajoelhou abraçando meu quadril, o que me fez rir silenciosamente, e ter a certeza que aquele homem era sim doente.

-você me feriu!

 afinal eu já estava na chuva, o que mais poderia acontecer se não me molhar.

-me perdoe meu amor, me perdoe, o que eu fiz?

disse atordoado, esse não era ele.

-se você não deixar eu e nossa pequena ter uma vida normal, você vai me ferir ainda mais...

-sim você tem toda razão...oh deus! olha o que eu fiz!

se levantou indo até ao banheiro, me deixando no meio do quarto confusa...

-porque eu nunca tinha feito isso? 

sussurrei para mim mesma, abrindo a porta e abaixando meu corpo acalentando matilda, que quando viu Matheo correu para o colo do mesmo.

era claro que Matheo era um machista do caralho mas ele tinha sido criado por sua mãe, e isso o dividia ele não sabia se seria o cara que bate em mulher, ou o cara que que trata a mesma como uma deusa.

A morta de fome || Matheo BetrovicWhere stories live. Discover now