Cap15

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Paola

tum tum tum

essas eram as pulsações desgovernadas de meu coração.

-como?

eu perguntei mais uma vez, eu entendi mal era só isso!

-você está livre minha mariposa, está livre para voar onde quer que queira ir!

minhas pernas tremiam, como assim?

-como podê?

eu pergunto incrédula, batendo uma vez em seu peito.

-ham? como podê? 

bati em seu peito pela segunda vez,ele afastou minhas mãos como se eu fosse...lixo, e isso doeu meu ego.

-VOCÊ ME AMA Matheo ! você dizia que me amava todos os dias e você...você me amou ontem.

-eu simplesmente não te amo mais, mandarei alguém arrumar suas coisas, aqui está uma chave. eu comprei um apartamento para você e matilda, e pode usar meu black card com a pensão alimentícia que matilda receber não vai precisar trabalhar.

ele jogava pedras atrás de pedras,sem nem me deixar respirar

-o que você está falando, por favor me explica!

eu disse em suspiro pesado pela enxurrada de lagrimas

-você está livre!

-PARE DE DIZER ISSO! EU NÃO QUERO SER LIVRE! VOCÊ MOSTROU QUE PODE ME AMAR DA FORMA CERTA ONTEM...

-ninguém muda do dia para noite...

touché! o mesmo disse em uma frieza que cobria seu interior.

-isso não é justo,então eu vou voltar a ser sozinha...de novo!

esse gatilho me fez desmoronar, não eram só meus sentimentos que estavam abalado meu corpo doía, meu coração doía como se estivesse tendo um infarto.

e só o amor poderia machucar assim.

mas algo em minha mente gritou"siga em frente"

e á única resposta que meu corpo deu foi sair vagando por L.A, e uma parte de mim implorava para que ele viesse me buscar, para que ele me arrastasse de volta para a "nossa casa", e que ele dissese que eu sou sua até o dia em que ele morresse nem que fosse pelos cabelos...e isso faz eu me sentir louca.

 porque eu tinha me apaixonado por aquela prisão, eu vivi durante anos na rua sem proteção, sem alguém que me cobrisse de todo mal, e quando esse homem aparece ele simplesmente não me quer mais.

matheo betrovic me fez sentir algo que eu não posso comparar á nada,exausta ou talvez um pouco confusa, fui até ao endereço que estava colado nas chaves rezando com a mão no coração para que eu sobreviva á isso tudo.

abri a porta do apartamento luxuoso e mobilado com peças caras porém...vazio, noto os papeis que se destacavam por cima da mesa, e minha mão cobre minha boca em surpresa e terror.

eram meu documento de cidadão legal aqui nos estados unidos, e outro onde ele tinha me designado como segunda guardiã de matilda, o termo era que eu não podia sair do país sem a autorização dele, ele não tinha me libertado, ele só tinha me jogado em uma lata lixo em que ele conhecesse o caminho...

2 hora depois

-NANAAAA!

esse grito infantil me desperta de desespero, agora estávamos sozinhas,e e eu tinha voltado á ter aquele sentimento amargo...proteção excessiva medo de que qualquer coisa nos atingisse, ou que um dia matheo chegasse e me tirasse tudo.

matty estava tendo um pesadelo...pesadelos que haviam deixado minha menina em paz mas agora voltaram com tudo, a abracei tremendo de medo, eu precisava sair dessa casa, precisava sair das asas de matheo.

por isso tomei vergonha na cara de depois de uma semana presa em casa...eu levei matilda para escola já que sempre o motorista que o "pai" contratou á levava, foi bom poder ver a natureza de novo e entender que o mundo ainda não acabou.

-oi, é que eu vi você e achei muito linda, e tenho uma proposta!


A morta de fome || Matheo BetrovicWhere stories live. Discover now