Cap9

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Paola

De qualquer maneira eu ainda precisava dele,o cheiro do perfume dele transbordava de minha cabeça aos meus pés,minha pele se arrepiou e me senti desconfortável quando senti o toque quente de suas mãos em minha bunda,meu vestido havia subido. estava tão abalada ontem que não troquei de roupa.

sentia a barra do meu vestido em minha cintura, me remexi tentando baixar o vestido, mas o aperto de Matheo era infalível, eu quase me senti ser ar, pelo esforço ridículo que fiz.

porquê mesmo inconsciente ele me segurava tão forte? minha mente se questionou, e todas as respostas eram horripilantes, e minha única reação foi me afundar ainda mais em seu aperto.

do que adiantava lutar?tudo na minha vida poderia desmoronar em um movimento de seus dedos.

-porquê despertou tão cedo?

me encolho assustada em seus ombros, quando a voz grave e rouca fala próximo ao meus ouvidos, me fazendo suspirar exasperada .

-eu perdi o sono!

respondi ainda assustada.

-você se assusta tão fácil

disse enquanto beijava meu pescoço, e sua mão fazia movimento lentos de vai e vem em meu ventre bem próximo á minha intimidade.

me fazendo respirar fundo, era uma sensação que nunca havia experimentado

- e é sensível demais mariposa!

ele diz sem muita emoção , e logo seus braços que até então não me largavam, se distanciaram, me deixando o sentimento de vazio novamente. porquê eu sempre me sentia assim? fugia dele como diabo foge da cruz mas quando era ele me deixando, me sentia vazia.

pela primeira vez naquela amanhã olhei diretamente em seus olhos, e Matheo era brutalmente lindo, era sufocante.

-venha!

ele falou em tom de ordem, entrando no chuveiro, e logo me aproximei sem entrar só o observando, céus ele estava sem roupa.

-se aproxime

e sem notar eu seguia suas ordens que nem um fantoche, senti suas mãos enormes em minha coluna, ele se desfez de minhas roupas em segundos, me deixando somente de calcinha, cruzei meus braços em volta de meus seios, eu me sentia vulnerável.

a aguá gelada do chuveiro me fazia tremer, ou talvez fosse o toque dele. me apoiei rapidamente no vidro do box ficando de costas, quando senti Matheo virar meu corpo com agressividade, e travamos uma luta intensa comigo tentando se soltar mas era impossível, ainda mais quando sua palma da mão circulou minha garganta, e a outra se firmou em meus seios.

-nunca mais tente ir contra mim, não importa o contexto. até ontem eu te amava mariposa,mas nessa manhã acordei obcecado por você, percebe o nível em que estamos?

céus quem ele pensava que era?para brincar assim com minha vida.

-eu quero ouvir sua voz mariposa, me incomoda o facto de não hablares comigo.

lá estava ele, o cara que me convenceu que me ajudaria, mas aquilo era só uma mascara.

-o que eu posso dizer? yo parezco tu  mascota...

minha fala me comparando com um animal o fez rir

-você é o que eu quiser que seja, hoje e amanhã, você é meu tudo.

senti beijos quentes em meu pescoço, tentei tirar suas mãos que ainda se encontravam em minha garganta, eu posso ter melanina suficiente mas esconder vermelhões  mas ainda assim aquilo ficaria roxo, e logo desiste lembrando do seu aviso.

-hummm...

foi impossível não escapar esse som de minha garganta, quando senti sua outra mão que estava em meu peito, entrar por dentro de minha calcinha fazendo carinhos em minha intimidade.

seus movimentos eram lentos, precisos, eu me sentia quente agora, um sensação inebriante se aproximava, e mesmo sem saber o que era parecia que eu estava correndo em sua direção.

-olhe como parecemos perfeitos juntos mariposa!

só agora eu tinha notado o grande espelho que tinha no banheiro bem de frente pro box,meus cachos agora molhados formavam caracóis, e meus seios... por dios! eu estava tão exposta

e isso só aumentou a sensação de que algo estava por vir, eu sentia meus olhos revirarem.

-ahhh! te ruego que pares!

minha voz saiu estranhamente aguda e alta. e aquela sensação veio, e mesmo sentido um misto de coisas.

pude observar a maneira como nossas cores se mesclavam.ele riu convencido, seus cabelos jogados para trás, e sua barba fazendo atrito em meu ombro, com as pernas fracas e trémulas, meu corpo dava espasmos, e tentei me soltar dele mais uma vez.

-você pode me soltar?está me sufocando!

disse baixo e com vergonha, vergonha de ter tanto medo desse homem, eu vivia pisando em cascas de ovo com ele, tinha medo que ele pudesse fazer qualquer coisa mesmo depois de ter me tocado tão carinhosamente e com tanto empenho.

 ele era mais forte do que eu, era maior do que eu. e segundo a lei corrupta ele era o guardião legal de minha pequena, ou seja o pai.

-preciso ver como matilda está!

usei como desculpa,e o mesmo soltou meu corpo que estava todo roxo principalmente meu pescoço. peguei a toalha, saindo quase que correndo do chuveiro, não sem antes o ouvir dizer

"não vai poder usar sempre a nossa menina como desculpa para fugir de mim"




A morta de fome || Matheo BetrovicOnde as histórias ganham vida. Descobre agora