Cap7

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Paola

eu desejava nunca o ter conhecido.

eu poderia ter tido, e agora estou rolando nas profundezas. ele tem minha vida na palma de suas mãos o que ele faria comigo? uma sem tecto sem história, sem passado. sem ninguém para me socorrer.

ele está devorando os meus sonhos, o homem que se encontra a minha frente tomando café tão tranquilamente, e com um sorriso no rosto enquanto fala com matilda, espera ele sorri?

-Nana!

matilda chama meu nome, como se esperasse uma resposta, mas minha mente não estava focada nas mentiras ludibriadoras e tentadoras que que esse homem a contava, ele iludia matilda com um futuro perfeito, mas eu não.

eu estava partida, e mesmo que demorasse eu iria recolher todos os meus pedaços. um por um.

-Matilda estava pedindo para ir passear, então vamos passear hoje, e conhecer o meu pai.

ele disse tudo tranquilamente, fixando seu olhar vazio, porém pousado em mim. Matheo batrovic era um monstro, matilda se levantou da mesa eufórica, e pulando que nem um coelho e isso fez uma lagrima cair de meus olhos e limpei rapidamente antes que ela voltasse e me visse.

era tudo culpa minha, coloquei uma criança nesse pesadelo, roubei a infância perfeita que ela poderia ter tido e tudo porquê? fui inocente ,ingênua achando que aquele era o príncipe dos sonhos.

-daria minhas maiores riquezas  por seus pensamentos

ele disse se aproximando , me olhando de cima para baixo de forma lasciva o que me assustou ele nunca olhou assim para mim, ele nunca me desejou dessa forma ou eu era cega demais, o que fez eu encolher minhas pernas com medo , e ele sorriu de meu acto.

-O dia que eu comer você, vou ser o homem mais feliz do mundo mariposa, coloque uma roupa decente chegou a hora de o mundo saber que você é minha agora.

o que eu poderia fazer? além de suportar suas falas machistas e assustadoras.

quando entrei no nosso quarto uma ideia se acendeu em minha cabeça ao ouvir o barulho do chuveiro, ele estava no banho. por isso comecei a abrir suas gavetas desesperadamente com as mãos tremulas a procura de meus documentos e de matilda, e nada de eu achar eles.

olhei para a porta do banheiro e mesmo com medo, comecei a revirar todo o seu lado do closet, atirava suas camisas no chão, suas gravatas. a procura dos malditos passaportes, até que eu achei algo na parede, era um cofre? tateei com minhas mãos , e me inclinei totalmente para tentar subir nos armários, e ver de perto.

parecia que foi construído para um gigante,mas meu coração parou de bombear sangue quando senti minhas pernas serem puxadas com uma força tremenda, me fazendo gritar.

Matheo virou meu corpo, me mantendo sentada no armário e se colocando entre minhas pernas, e as mesmas não paravam de tremer, mesmo com medo de olhar para o seu rosto nunca esperei encontrar um sorriso, um sorriso de escarnio... e meu choro logo veio á tona, eu era uma estúpida, como vim parar aqui?

senti meu corpo ser abraçado pelo corpo quente e grande de Matheo, e a única coisa que eu consegui fazer foi agarra-lo com todas as minhas forças, como um bicho indefeso.

-Por favor déjame ir!

foi a única coisa que eu consegui dizer, e logo seu corpo abandonou o meu, me deixando encolhida sobre o armário.

ele era meu salvador ou meu carcereiro? 

A morta de fome || Matheo BetrovicWhere stories live. Discover now