Cap14

3.7K 370 18
                                    

Matheo

porque nada permanecia calmo por muito tempo?

esse era o preço de ser eu, minha mente não processava as informações que amanda havia me dito...amanda era um erro que eu não apaguei como deveria.

quando chegamos em casa Paola atirou seus sapatos no meio da sala e correu para o quarto, e eu a segui como o filho da puta carente que eu sou, eu só precisava esquecer as palavras daquela vadia.

ouvi o barulho do chuveiro e tirei minha roupa me juntando á ela, e quando tentei a abraçar ela travou uma batalha não querendo meu abraço, mas seus braços frágeis perderam a resistência e pude ver seus olhinhos vermelhos, e isso despedaçou meu coração.

porque ela ainda choraria mais se soubesse.

logo mais lagrimas saíram de seus olhos, e soluços fortes eram sentidos.abracei seu corpo .

-nos deixe ir por favor!

pela primeira vez eu considerei deixar ela ir, eu tinha feito merda! ela merecia ir...mas parece que diabo estava brincando com minha cabeça porque eu ouvi Paola dizer...

-ou pelo menos...me ame! me ame ao ponto de nunca poder me machucar!ao ponto de me fazer querer ficar.

e depois me beijou, seu beijo era doce, seu toque era doce,seu cheiro era doce, Paola era doce.

ergui seu corpo, e suas pernas abraçaram meu quadril,seu corpo quente estava entregue á mim e eu não negaria,aquilo era perfeito,era perfeito estar dentro dessa mulher, era perfeito ouvir seus suspiros.

em palavras cruas foder Paola foi a minha ruína.

dia seguinte

mesmo acordando cedo eu gostava de fechar os olhos e esperar Paola acordar, eu sentia sua atenção em mim, sentia seu carinho suave em minhas mãos quando eu a abraçava, e logo depois a soltava, era a forma que ela tinha descoberto de fazer eu soltar ela enquanto "dormia"

Mas hoje eu soltei seu corpo, soltei sua mente e seu espirito do meu, eu sabia o que era o amor e já não parecia certo,somos da mesma parte e isso pode parecer romântico...mas não era.

porque não nos encaixávamos, um puzzle não é feito de peças iguais.

e pela última vez tento mostrar a menina  com um sorriso angelical, e um olhar de pureza á minha frente que apesar de tudo eu ainda serei o seu guardião e não porque perante á lei eu sou...mas porque apesar de tudo eu ainda serei o protetor de matilda

ainda serei o provedor de todas as suas necessidades,como fazer uma simples panqueca com litros de chocolates para o café da manhã só pelo seu sorriso, eu ainda sou a sua figura paterna.

 -NANAAAA!

matilda grita carregada de saudades, havíamos deixado ela na mansão de meu pai ontem, com uma ama. mas meu pai a trouxe de volta.

-oi mi ninã!

Paola diz alegre, e isso era raro Paola estava sorrindo...Paola estava sorrindo em minha direção, e eu sentia meu rosto quente...quente de vergonha porque eu não merecia esse sorriso, ela não merecia essa ilusão.

-o vovó vai me levar para o parque!

matilda diz assim que ouvimos a campainha tocar

-então ele deve ter chegado! vá não faça seu vó esperar.

Paola recebeu meu pai, e os acompanhou até o elevador, meu pai não quis nem me saudar ele já sabia...ele sabia da merda que eu tinha feito.

Paola regressou fechando a porta , e vi a mulher dos meus sonhos...a mulher que fez eu parar de odiar as lembranças que tinha com minha mãe, que me lembrou de uma parte das minhas raízes , ela não merecia isso.

-Á partir de hoje você está livre minha mariposa!


A morta de fome || Matheo BetrovicWhere stories live. Discover now