Capítulo 25: O amanhecer

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Roshlyn se mexeu e colocou seus braços sobre os dele. Derek a olhou pela centésima vez. Ele dormiu pouco aquela noite. Seus pensamentos não paravam um só minuto. Arrependimento de tê-la feito se casar com ele, falta de tato em lidar com uma virgem casta e uma súbita ternura que tomava conta do seu coração cada vez que olhava pr ela dormindo.
Derek riu novamente pela maneira como ela apertava os olhos, e sorria em alguns momentos do seu sono. Foi muito especial estar com ela essa noite. Ele queria estar com ela esta noite. Nada no mundo o tiraria dali. Nem mesmo Henriet que esperava no quarto amarelo. Derek não a deixaria sozinha naquela noite. Não depois de todo sofrimento que ele viu naquela noite e principalmente por  responsabilidade dele.
...
Derek ajeitava seu braço para confortar a cabeça de Roshlyn sobre seu peito quando ouviu uma leve batida na porta. Ele sentou-se devagar pegando sua espada que estava encostada ao seu lado. Então, Theo entrou no quarto seguido de seu cavaleiro chefe e de seu conselheiro mor.
-O que houve? -Perguntou Derek surpreso e acordando Roshlyn imediatamente.
Theo estava aflito. Ele estava sem o tapa olho e podia-se ver que a ferida de seu olho estava quase cicatrizando.
-Tenho que voltar a Brugnaro. Recebi notícias que Valério marcha para lá.  Com certeza uma conspiração contra mim e meus reinos podem sofrer  uma invasão dos meus as opositores.
Roshlyn estava assustada com a entrada dos homens, o rei, cavaleiros e criados e afundou na cama se cobrindo até o queixo, muitíssimo envergonhada.
Derek pulou da cama  e esperou que seu pajem o ajudasse a vestir a  sua armadura.
-Não vamos  deixar isso acontecer. Irei partir com você. Imediatamente.
Theo olhou para Roshlyn, embaraçado, envergando a cabeça ligeiramente.
-Vossa Majestade, lhe peço desculpas pela intromissão, mas foi um assunto deveras importante.
E olhando para  Derek falou.
-Vou comunicar Cornell.
Derek olhou para Roshlyn que estava sentada na cama com os olhos bastante assustados.
-Não se preocupe milady. Retorno em breve.
Beijou -lhe as mãos e saiu atrás do seu amigo.
...
Cornell dormia abraçado com Beatrice quando a porta abriu num rompante e Cornell pulou da cama, num átimo, com a grande espada em punho. Posição de ataque.
-Cornell, levante-se! Precisamos partir imediatamente!
O rei de Dalibor ficou confuso. Olhou para Beatrice que sentada na cama, estava lívida e com os lábios trêmulos. Seus cabelos caiam por sobre a coberta que cobria seu corpo nú.
-Theo, Derek...  meus lordes...bom dia para vossas majestades...o que os trazem aqui nessa manhã tão bela?
Cornell decidiu usar de ironia, mas estava profundamente irritado com aquela invasão. Quem aqueles dois achavam que eram? Então, dando-se conta da sua nudez , apanhou suas roupas que estavam jogadas no chão, e procurou assim, de alguma maneira esconder a posição vulnerável de Beatrice.
Derek abaixou a cabeça na direção da Rainha de Dalibor.
-Vossa Majestade há de nos entender. Precisamos partir imediatamente para Brugnaro.
-Ohhh não! Agora não!!! -Pensou Beatrice afundando nas mantas e cobertas deixando apenas seu rosto assustado a mostra.
Theo tomou a dianteira.
-Recebi um mensageiro de Walden. O Duque Valério e seu grande exército está marchando para Brugnaro. Precisamos partir. Levaremos de dois a três dias para chegarmos ao castelo e com isso, já devemos estar com uma situação bastante desfavorável.
Cornell os fitou com  os olhos semicerrados. Seus sentidos subitamente ficaram em alerta.
-Seu exército está a postos Derek?
Derek sorriu enquanto se servia de uma taça de vinho.
-Sempre.
Cornell olhou de Beatrice para os amigos. Poderia ter o melhor de dois mundos?
-É hora de saírem senhores. Estarei pronto em alguns minutos.
Derek limpou a boca de vinho com o antebraço.
-Suponho tomará a decisão de enviar um dos seus mensageiros a Dalibor para que Sir Robbyn e Dragomir enviem reforços do seu exército.
Cornell assentiu. Estava abalado com todos os últimos acontecimentos. Em toda a sua vida, o anúncio de uma batalha fazia o seu sangue ferver. Ele virava um lobo pronto para o ataque e assim, com essa força de espírito, ele tomava a dianteira a frente de sua cavalaria. Essa era a sua vida. Guerrear.
....

O Rei ProfanoDove le storie prendono vita. Scoprilo ora