Capitulo 36: Descobertas

416 51 1
                                    

Roshlyn acordou cedo aquela manhã e quando se virou Derek estava dormindo ao seu lado.
Quando ela se recolheu aos seus aposentos na noite anterior, ele ainda não havia chegado do galpão e foi preciso que os criados armassem uma tenda para que o rei e as pessoas envolvidas na construção dos barcos pudessem se alimentar sem perder tempo vindo  para o castelo.
A construção dos barcos estavam em ritmo acelerado. O outono tinha começado e em poucos meses, o rigoroso inverno impediria que os homens trabalhassem ao ar livre impedindo que os barcos ficassem prontos.
Cornell havia chegado na noite anterior e os três reis foram vistos vistoriando as obras e muitas vezes, trabalhando mano a mano com os homens.
Eles eram realmente homens do seu tempo. Eram corajosos, inteligentes e dispostos a mudar o rumo das coisas com as suas próprias mãos.
Devagar Roshlyn acariciou os cabelos de Derek. Ele tinha o rosto cansado de tantos dias de movimentação extrema por causa dos barcos.
Ela acariciou o seu rosto e se sentiu profundamente agradecida por ter ao seu lado um homem que ela não acreditava que pudesse mudar depois do casamento.
Sua fama de um rei promíscuo e libertário, estava dando lugar a um homem  que levava o casamento a sério num código de lealdade e fidelidade que deixava todos surpresos.

Aysha havia lhe confidenciado que nunca em toda a sua vida tinha visto o irmão tão feliz, tão leve e tão pertencido do seu reino e do seu povo.
O irmão, segundo ela, havia florescido depois do casamento, mostrando uma faceta desconhecida, inclusive para elas, as mulheres da família real.
Ela não cansava de olhar para ele. O braço forte e cheio de marcas e cicatrizes estavam rodeando sua cintura como se ela fosse sua propriedade. Ela suspirou.
Seus sentimentos por ele eram tão profundos, tão diferentes de tudo que já havia sentido em toda a sua vida.
Se perdesse Derek
Meu , não saberia o que fazer. Pela primeira vez na sua vida, se sentia segura e em paz. Não trocaria isso por nada nesse mundo.
A vida dos dois era muito movimentada durante o dia. Seu mecenato estava indo maravilhosamente bem e a cúpula da capela estava praticamente pronta.
A noite, eles se dedicavam um ao outro.
O auge do desejo e do carinho, faziam com que ele se amassem a noite toda. Derek era um amante exigente, mas  ao mesmo tempo gentil e amável, ele aprendeu a dar carinho, a esperar que o seu êxtase chegasse sem pressa, tornando as noites longas e calorosas.
Ela não sabia o nome daquela emoção que sentia ao seu lado. Mas eram bom. Era doce. Era forte. Era intenso.E, ela a cada dia queria mais dessa emoção.k
Derek se mexeu e abriu os olhos lentamente. A esposa a estava ali com sua presença linda e serena.
Ele puxou a sua camisola para o lado, desnudando seus ombros e os seios. E os tocou com a boca, a língua sugando devagar seus pais ok mamilos que logo se entumeceram.
Ela amava aquilo.
Roshlyn pegou seu rosto entre as mãos e o beijou com paixão. Ele retribuiu retirando sua camisola e  antes mesmo que percebesse estava nua em seus braços. Ela não tinha mais vergonha de seus corpos nús. Tudo fazia sentido quando faziam amor e todas aquelas ideias pecaminosas que tinha no começo do casamento não existiam mais.
Ela sentia confiança nele, na relação deles e por isso, se entregava sem medo.
Ele tirou a túnica  que usava sem nada por baixo e ela se deitou sobre ele com os longos cabelos negros caindo sobre seu corpo. Os olhos azuis dela brilhavam e ele sorriu quando ela começou a cavalgar sobre ele, primeiro devagar, e quanto mais se olhavam, mais se desejavam, mais se excitavam,  eventão Roshlyn aumentou a intensidade e gemeu  alto quando o membro rígido exigia respostas do seu corpo. Ele a acompanhava na viagem sensual. Ela o excitava  profundamente. Agora, ela era a única mulher que desejava. Não precisava de nenhuma outra mulher tendo essa amazona louca e linda sobre ele, satisfazendo todas as suas vontades.
Derek não sabia definir o que sentia por ela. Mas gostava muito da presença de Roshlyn, seja na cama ou fora dela. Gostava de ver seus olhos brilhando quando estava em seu jardim, gostava de ouvi-la cantando enquanto costurava, gostava dos seus gritinhos de prazer quando tomavam banho juntos na banheira de pedra que ele mandava colocar pétalas de rosa e perfume para que os dois se banhassem.
Gostava de mimá-la, de fazê-la feliz.
Não sabia o nome desse sentimento, pois nunca havia sentido isso antes, mas ele amava aquilo.

Há dois dias a caravana de Boris, tinha saído de Craig, mas sem a presença do chefe.
Ficaram na floresta próxima a Craig, na clareira de Horn, dois homens de sua confiança e Henriet.
O cigano resolveu que deveriam fazer uma significativa mudança dos planos anteriores.
Como Craig estava infestado de todos os tipos de pessoas envolvidas nas diferentes obras que estavam sendo feitas, Boris elaborou um novo plano  que seria perfeito para o momento. Henriet estava com raiva desse novo plano principalmente porque ela perguntava sobre ele, e quando qual e como iria acontecer e Boris sempre lhe respondia que estava estudando e , pensando numa maneira de não serem responsabilizados pelo que iria
L com a rainha.
A raiva de Henriet só aumentava pelo sigilo cavernoso de Boris e por estar dormindo no relento e comendo mal e porcamente pães dormidos que trouxeram no alforge.
Henriet estava sentada na escuridão da noite. O vento frio do outono já estava começando a ficar mais forte e em breve, o rigoroso inverno chegaria  na região e ela esperava estar bem longe dali com  a sua vingança realizada.
Boris se aproximou dela e sentou-se do seu lado.
A fisionomia de Boris demonstrava seu lado obscuro e ele lhe pareceu estranhamente perigoso, tanto que pô a proximidade dele fez Henriet sentir um frio na espinha.
-Poderia confiar naquele homem?
Boris olhou para o céu sem lua e disse com uma voz cavernosa:
-Será essa noite. Você irá me esperar aqui com Geanet, e eu seguirei com Miro. Me aguardem aqui. Em uma lua, eu retorno.
Henriet ficou surpresa e agitada quando recebeu a notícia. Aquilo era muito bom! Mas não queria ficar aqui com aquele homem fedido e com cara de poucos amigos.
-Mas...eu...
Boris levantou-se abruptamente e falou com uma voz imperiosa:
-Cale-se Aurora! Daqui por diante quem manda sou eu! Eu faço as regras e você as cumpre. Não quero ouvir nada que venha de você.
Surpresa com a reação do homem, ela calou-se. Um arrepio atravessou sua espinha e ela abaixou os olhos. Não queria que ele visse a ira omque a consumia.
Quando os dois homens se afastaram em suas montarias, o silêncio tomou conta do lugar.
Sob a luz da fogueira acesa, ela viu o homem chamado Geanet se aproximar.
-Tire sua roupa Gadji. Boris te vendeu para mim.
Henriet levantou e olhou bem para o homem e cuspiu no chão.
-Ele não é meu dono para me vender!
O homem riu e sua boca sem dentes  e lhe deu uma bofetada que a fez cair no chão.
Enquanto ela o olhava apavorada com o gesto violento, viu o cigano abrir suas calças e se deitar sobre ela.
-Ele não é. Mas eu sou!

O Rei ProfanoOnde histórias criam vida. Descubra agora