Capítulo 27: Derek volta para Craig

502 70 7
                                    

Resolvida a situação em Dalibor, Theo e Derek voltavam para seus reinos, cavalgando com sua exércitos, e cada um perdido em seus pensamentos.
Um pouco antes de Cornell seguir para o norte onde ficava Walden, Theo puxou a rédea de seu grande cavalo de guerra e olhou para o amigo.
-Cuide-se Dek. Em breve retorno a Craig para conversarmos sobre a construção dos barcos com o tal nórdico.
Derek assentiu. Seu estado de espírito não era dos melhores. Ver o sofrimento de Beatrice e o que uma conspiração poderia  ocasionar numa família, lhe fez pensar muito em tudo que aconteceu em Craig. Aysha já o havia alertado. Agora Theo. Não podia ficar indiferente aos sinais de que estava acontecendo algo em Craig. E sim, ele concordava com Theo, uma mulher ciumenta era como um ataque de javalis.Definitivamente havia a possibilidade de Henriet estar envolvida tanto no extermínio dos canteiros de todas quanto no possível envenenamento por beladona de Roshlyn.
Ele faria  uma investigação  imediata assim que chegasse em Craig e se  descobrisse que isso  verdade, ele não teria piedade de Henriet. Ela era uma mulher sedutora, sabia o poder do sexo, sabia do poder que isso exercia  sobre ele.
Mas, mesmo que tenham passado momentos bons e excitantes juntos , e que ela o satisfizesse deveras, ele não teria piedade!
Theo continuou falando e deu  um sorriso cúmplice para o amigo.
-Vou deixar você aproveitar a sua nova vida de casado  e depois conversamos sobre negócios.
Derek deu um pequeno sorriso e ambos levantaram os braços e deram-se um forte aperto de mão.
Derek continuou a sua jornada. Estava deitado na sela, trotando como sempre fazia, mas seus pensamentos lhe devoravam a alma.
Quarenta  e cinco dias depois de  terem salvado Beatrice de um julgamento pela perspicácia da rainha Heloise, voltar para casa era um misto de emoções.
Pela primeira vez, em muitos anos, Derek queria chegar  em Craig por motivos completamente diferentes do que ele sempre estava  acostumado a desejar. A curiosidade era tamanha. Queria saber como Roshlyn havia se saído como  rainha regente.
Sua esposa sempre tão tímida e recatada teria conseguido administrar o reino na sua ausência?
Ele sabia que sim, pois o seu conselho era extremamente eficiente e também havia Aysha que sabia como ninguém liberar com destreza qualquer situação inusitada que pudesse acontecer.
Se tivessem trabalhado juntos, com certeza tudo teria corrido bem.
Roshlyn...
Toda a situação que viviam desde o casamento, não lhe saia da cabeça. Ela era doce e quieta, mas tinha uma força interior enorme. Ele sentia que ela  havia sobrevivido a uma vida difícil, mesmo sendo a filha única de um rei.
Era incômodo pensar no que ela deve ter sofrido em Havema.Pois só isso justificava o comportamento resignado que ela possuía. Esse aspecto que no princípio lhe pareceu um ponto positivo na personalidade dela, agora lhe trazia uma enorme inquietação.
Não gostava de saber que ela havia sofrido algum tipo de humilhação e possivelmente castigos físicos.
Derek se levantou, e sentou na sela, dando um comando ao seu cavalo para que cavalgasse mais rápido. Esse pensamento gerou uma raiva intensa nele. Pensou em Roshlyn, tão pequena e frágil sofrendo nas mãos do pai ou dos irmãos, e isso não lhe fez bem.
Naquelas dias  tendo que lidar com  a questão do julgamento de Beatrice e os arroubos de fúria de Cornell, não parava de pensar que se alguém machucasse sua esposa e sua família, ele não saberia o que fazer. Mas reagiria mal. Muito mal.
No meio da noite no acampamento, quando todos estavam preocupados e nervosos com o que acontecia no castelo de Dalibor, ele pensava que tinha gostado muito de receber o recado que Roshlyn havia lhe enviado através de Gerould.
Ela estava preocupada com ele! Havia mandando ele se cuidar e voltar para casa. Aquele pequeno gesto de consideração havia lhe tocado no fundo  da alma.
Ele era um guerreiro. Um exímio cavaleiro que se entregava no campo de batalha como nenhum outro. Sempre tomava cuidado com sua segurança e de seus homens, mas dessa vez, ele  dava graças aos céus por estar voltando sem um arranhão sequer para o castelo. Seu desejo era consumar seu casamento com Roshlyn.
Foram os quarenta e cinco dias mais longos  da sua vida.
Faltava pouco agora.
..
A chegada em Craig se deu no início da tarde. A primavera já estava  se formando e o dia estava muito bonito e o sol estava morno e agradável.
Seus homens estavam cansados e mal humorados, mas o seu sentimento era de alegria por estar voltando para casa.
Em alto e bom som bradou:
-Animem-se companheiros! Nos espera um lauto jantar e a boa cerveja de Craig!
Os homens sorriram satisfeitos. Sim! Estavam chegando em casa!
Nas proximidades do rio  Tauber, Derek  decidiu parar e  tomar um banho nas suas aguas mansas.
Ali sempre fora seu lugar preferido para refletir sobre a vida  e tomar  as  decisões importantes  do reino. Um lugar calmo e acolhedor onde podia estar só consigo mesmo.
Ele deu um comando para  que seus homens seguissem  em frente.  Gerould parou seu cavalo ao lado rei.
-Quer que montemos guarda majestade?Derek negou com a cabeça.
-Não Gerould. Estamos  próximos ao castelo e não há  necessidade de guarda pessoal. Vá descansar.
Gerould assentiu e partiu em disparada junto com os outros cavaleiros.
Derek ficou olhando enquanto eles se afastavam. Precisava ficar um pouco sozinho antes de encontrar Roshlyn.
A sua lembrança vivaz nesses dias estava deixando-o confuso s perplexo. Pois nunca em toda a sua  vida, ele pensou tanto numa mulher como estava pensando nela.
Eram pensamentos doces, lembranças pequenas do seu sorriso e da forma como ela abaixava os olhos quando estava com ele.
Ela era adorável.
De repente, Derek ouviu o relincho de um cavalo.
Imediatamente, seus sentidos se aguçaram.
Aquele era um lugar onde a maioria das pessoas  não frequentavam. Todos sabiam que ali era um pequeno pedaço de propriedade exclusiva do rei.
Ele desceu do seu cavalo e andou devagar, desembainhando  a  sua espada.
No meio das árvores, ele viu a égua cinza de Roshlyn, Azeda.
Ele relaxou um pouco e continuou andando bem devagar pelo meio das árvores até chegar no monte que ficava  acima do rio.
Então ele a viu lá embaixo.
Roshlyn estava tomando banho no rio. Estava  vestida com uma túnica que  molhada, marcava cada pedaço do seu corpo.
Os cabelos longos e pretos boiavam sobre a água e ela cantarolava com sua voz doce uma cantiga antiga. Ela brincava na água e a sua túnica  leve, flutuava deixando suas pernas  brancas e sua intimidade a mostra.
Derek ficou paralisado diante da cena. Ela era tão linda! Seu corpo imediatamente reagiu ao ver seus seios moldados sobre a túnica  molhada.
Ele se adiantou um pouco e saiu detrás das árvores e  se apoiou na grande espada na frente de seu corpo.
Estava excitado de vê-la ali, linda,  quase nua e tão indiferente a sua sensualidade.
Roshlyn sentiu que alguém a observava e  abaixou a túnica que deixava suas partes íntimas expostas, e com  a outra mão, tapou os seios.
Olhou para cima e então ela viu o rei.
Ele estava parado, vestido com sua armadura e em seus olhos viu algo que nunca havia visto na sua  vida,  um calor  que a envolveu de tal forma que ela mal  conseguia se mexer.
Ambos ficaram parados se olhando. Nenhum dos dois se mexia e não ousavam falar para não  quebrar a força do atração  que os unia  naquele momento.
Roshlyn nunca havia sentido aquilo na vida. Uma vontade enorme de sair correndo direto para os braços dele!
Derek foi o primeiro a se  desfazer da magia entre os dois. Falou bem alto:
- Cheguei são e salvo milady. Se quiser que eu acompanhe, eu a espero aqui.
E  virou as costas para dar a ela a privacidade para sair do rio e  se trocar. E assim, ele também ganhava tempo para acalmar seu corpo que latejava por  ela.
Quando Roshlyn chegou até onde Derek  estava,  ela havia se enxugado com uma toalha de linho e colocado uma túnica  seca que trouxe numa cesta.
Seus cabelos molhados  foram deixando  sua túnica molhada, marcando seu corpo de uma maneira que estava deixando Derek profundamente inquieto.
Queria tomá-la nos braços e  fazê-la sua ali mesmo!
-Seja bem-vindo meu rei! Ela disse suavemente.
Seus olhos azuis esverdeados eram lindos! Derek notou que ela estava  diferente. Seu rosto estava corado  e ela já não tinha aquele ar doente de quando  ela chegou.
Parecia extremamente  vivaz, adorável, desejável...
Então, Derek foi até seu cavalo e pegou seu longo manto de peles, e jogou sobre seus ombros delicados.
Pegou os seus cabelos molhados  e  os colocou para fora do manto. Ela estava tremendo de frio, seus lábios  estavam ganhando um tom meio azulado. Ele a olhou fixamente e  fechou  o manto com o broche de ouro.
-Me cuidei bastante confirme milady pediu.
Seus olhos não se desviaram. Estavam muito cientes da presença  um do outro.
-Me sinto muito bem vindo minha lady.
Roshlyn estremeceu com o tom rouco  e íntimo que vinha da voz do rei.
Derek se afastou  dela, pois sentia que suas mãos tremiam e ele sentia uma emoção desconhecida e profundamente forte que tomou conta de todo seu corpo e mente.
Pegou as rédeas de Azeda e as amarrou  nas rédeas de seu cavalo, para que ela o seguisse. Em seguida, montou rapidamente e estendeu a mão para que ela montasse na sua frente. O corpo de Roshlyn estava trêmulo e se desfazia num latejo palpitante, totalmente desconhecido para ela.
-O que seria aquilo meu deus?
Então lhe estendeu a mão e sentou-se   De lado na frente dele, sentindo sob o seu corpo a dureza da armadura.
Ele então passou a mão logo abaixo dos  seios  de Roshlyn  e ela tremeu.
Ao sentir a reação da esposa ao seu toque, Derek suspirou profundamente.
O cheiro fresco que emanava  de seu corpo, o estava deixando louco. Então, sem conseguir se conter, Derek afundou o rosto em seu pescoço  beijando-o primeiro delira-me te e  quando percebeu que ela reagia, suspirando, ele a tocou nos seios.
Roshlyn o olhou e seus lábios tremiam. Mas ele sabia que não era de frio. Medo, vergonha, desejo...
Ele baixou as mãos, mas timidamente, ela a pegou e colocou novamente sobre seus seios.
-Oh minha lady...
Ela encostou a cabeça no seu peito, enquanto ele a acariciava.Isso era bom!
Roshlyn então levantou a cabeça e o olhou dentro dos seus olhos.
Ela nunca havia sentido aquilo antes. Estava num conflito se aquilo era certo. Poderia um homem fazer aquilo com sua esposa? E sua esposa, podia sentir aquele desejo pelo seu marido?
Roshlyn abriu a  boca para falar algo, mas Derek  tomou a sua boca com um beijo. No início, ele foi delicado, mas a medida que Roshlyn ia correspondendo, Derek  explorava cada vez mais  os seus lábios.
Havia muitos anos que não beijava na boca de uma mulher como fazia agora com Roshlyn.
Ele a incitava a agir de maneira diferente. Ela era tão delicada e inocente que tinha medo de assusta-lá com a sua volúpia desenfreada.
Derek parou o cavalo para poder beija-lá melhor. Tocava seus seios delicadamente e ela  parecia não  estar com medo agora. Roshlyn então o envolveu  pelo pescoço beijando  sua boca com um pouco mais de segurança.
Derek a abraçou e começou a cavalgar  novamente num ritmo lento, e então, ele afastou o manto que a cobria e tocou de leve na barriga. Roshlyn apertou os lábios .
-Meu rei... isso é certo?!- Perguntou baixinho.
-É mais do que certo minha lady...
Então ele  desceu a mão e a tocou  delicamente com os dedos,  fazendo ela se assustar  e fechar as pernas
-Não vou machucar você. Deixe-me mostrá-la como isso é bom...
Roshlyn  colocou a cabeça sobre seu peito, a armadura a incomodava um pouco, mas aos poucos ela foi cedendo e reagindo ao toque do dedos dele na sua intimidade. Roshlyn nunca pensou que  seu corpo podia agir daquela forma. O corpo para ela apenas um receptáculo de seu espírito. E agora ela estava ali, sentindo tão completamente seu corpo que ela se espantou quando um crescendo dentro de si , sem perceber, começou a  gemer  baixinho.
-Roshlyn.... Eu estava sonhando com isso.
Então Roshlyn chegou a um ponto que não sabia mais o que fazer.. parecia que tudo ia explodir... e explodiu!
Seu corpo relaxou e ela teve  a  melhor sensação  de toda a sua vida.
-Depois será a minha vez. -Ele disse sorrindo.
Ela concordou sem saber muito bem o que isso significava e  reconstou sua cabeça no peito masculino, enquanto ele a abraçava  carinhosamente.

O Rei ProfanoWhere stories live. Discover now