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FELIPE

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FELIPE

Os negócios da família vinha andando cada vez mais, me encontrei com Gustavo 2 vezes para tratarmos sobre o contato internacional que ele tinha. As coisas estavam fluindo, eu estava acostumado com essa vida louca e às vezes me perguntava como consegui passar alguns anos fora, estudando, e pensando em ganhar dinheiro de outra forma.

Era pra ser um dia normal, uma semana normal até receber uma mensagem de um número restrito, e na hora soube que era o meu pai e que eu precisava ir vê-lo. A prisão ficava num lugar distante e para chegar lá eles nos deixavam vendados, ou seja, não tinha noção de onde ficava mas era longe.

Quando por fim chegamos eles tiraram a minha venda apenas quando eu estava dentro e sentado em uma sala totalmente fechada, logo em seguida meu pai entrou. Ele estava completamente acabado, os anos ali não fizeram bem, era como se ele estivesse pagando todos os seus pecados em vida.

Alberto: Cada dia melhor em filho -ele falou se sentando, ele vestia uma calça de moletom e uma blusa de frio, um tênis qualquer, a barba por fazer e os cabelos grisalhos-

Felipe: O que você precisa? Você nunca me chama... bom... -desviei o olhar para a porta e ele assentiu-

Alberto: É um turno bom, fique tranquilo -ele cruzou os braços- vou ser direto e reto, já que você está de frente -ele suspirou e me olhou nos olhos- preciso que faça uma aliança com os russos.

Felipe: Oi? -ri nervoso e passei a mão entre os cabelos- do que você está falando?

O pouco que eu conhecia dos russos, eu sabia que não eram boas pessoas, tudo bem que também não somos mas ali o nível era baixo demais. Eles não confiam nem na própria sombra.

Alberto: Sim, se aliar aos russos mas é algo passageiro -ele avaliou as minhas expressões e tentei ao máximo me manter firme- Os Bottini's compraram uma briga feia com eles por conta daquela menina do Gustavo, e eles querem a nossa ajuda, você fez um bom trabalho selando a paz mas agora precisamos nos unir a quem está na frente.

Felipe: Não -neguei com a cabeça- fora de cogitação.

Alberto: Capaz do Gustavo te pedir ajuda, o que vai fazer? Esse é um assunto que a organização, que o Ernesto não pode se meter, é algo que vai muito além do que estamos acostumados. Então sim, você precisa fazer isso pela família.

Felipe: Eu fiz coisas de que não me orgulho, mas isso é algo que você não tem o direito de me pedir, eu estou na porra do comando agora e não você -levantei da cadeira e fui em direção a porta-

Alberto: Isso pode gerar consequências que você não está preparado, coisas que você não vai conseguir lidar.

Felipe: Já lidei com merdas demais e você não tem noção da metade, você não está no direito de impor nada pai, e se o Ernesto sonhar...

Alberto: Você não quer um pai morto, né? Independente das nossas indiferenças, eu acredito que você não queira o meu mal.

Felipe: Dá o recado para os seus amigos russos que é fora de cogitação, o que eu estabeleci com os Bottini's está certo e não irei passar por cima.

Alberto: Felipe, não temos escolhas -ele falou friamente e assenti-

Felipe: Eu tenho, e escolho não me envolver nessas merdas.

Dei 2 toques na porta e abriram, colocaram a venda e me tiraram de lá. Fui para casa com a cabeça fervendo, ao mesmo tempo que eu queria me meter e falar com Gustavo eu sabia que precisava proteger o meu império, e falar com ele colocaria tudo que construí até aqui em risco e também não iria dar esse gosto para o meu pai, eu não poderia.

Me tranquei no escritório como sempre e começou a chegar algumas mensagens no meu celular e liguei a TV rapidamente. Ocorreu uma explosão do EL Paraíso deixando 3 mortos e alguns feridos, Gustavo e Victoria. Peguei o celular e digitei pra Lara, eu precisava saber se ela estava bem, 1, 2, na terceira mensagem ela me respondeu e respirei aliviado. Comecei a ligar para a minha irmã que não atendia, celular desligado. Peguei a chave do carro e acelerei para a academia, passei nas 3 unidades e nada da minha irmã. Voltei para a mansão 1h depois e ela estava chegando de carro, Giovanni estava dirigindo.

Felipe: Ficou sabendo?

Anajú: Já foram tarde -ela engoliu seco e tirou o óculos de sol, aparentemente estava bem, na verdade ela nunca demonstrava quando não estava bem-

Felipe: Uau -ri baixo- você é filha do seu pai mesmo em -balancei com a cabeça e subi alguns degraus-

Anajú: Você também não deveria sentir, pois agora o território é nosso, eba -ela falou em um tom sarcástico e riu- papai ficará orgulhoso Fe, além do frete internacional talvez teremos algumas boates também.

Realmente, minha irmã se tornou alguém que eu não conhecia e é completamente assustador. Entrei e fui direto para o escritório, precisava saber os próximos passos. 



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REFÉM | LIVRO 3 DA SÉRIE: EU DEPOIS DE VOCÊWhere stories live. Discover now