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Com Damon atrás de mim, corri pelo bosque, pulando galhos caídos e saltando sobre as pedras. Pulei o pequeno portão de ferro do cemitério, olhando rapidamente para trás para saber se Damon ainda me seguia. Corremos em zingue-zague até as profundezas do bosque, os tiros soando como fogos de artificio em meu ouvido, os gritos dos moradores da cidade como vidro se quebrando, a respiração pesada como trovão de uma nuvem baixa Eu podia ouvir até mesmo os passos da multidão me perseguindo, cada um criando vibrações no chão. Em silêncio, amaldiçoei Damon por ser tão teimoso. Se estivesse disposto a beber antes de hoje, estaria com força total, e nossas recém-descobertas velocidade e agilidade já teriam nos levado para longe daquela confusão.

Ao atravessarmos a mata fechada, esquilos e ratos-do-mato fugiram dos arbustos, com o sangue acelerado pela presença de predadores. Um relincho e um bufar soaram na outra extremidade do cemitério.

-Vamos. Peguei Damon pela cintura, recolocando-o de pé.

-Temos que continuar - Eu podia ouvir o sangue bombeando, sentia cheiro de ferro, sentia o chão tremer. Sabia que a multidão tinha mais medo de mim do que eu dela, mas, ainda assim, o som de tiros fazia minha mente girar, meu corpo se lançar para frente. Damon estava fraco e eu só conseguiria carregá-lo até ali.

Outro tiro soou, desta vez mais perto. Damon enrijeceu.


sede de sangue -diarios de Stefan -vol.2Место, где живут истории. Откройте их для себя