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Girei o corpo, a mão pronta para atacar e mostrando as presas. Antes que eu pudesse me mexer, Damon me pegou pelos ombros e me atirou do outro lado da rua. Meu corpo bateu com força no chão e o braço se torceu num ângulo nem um pouco natural. Coloquei-me de pé com dificuldade. Callie estava prostada na grama, o cabelo ruivo caindo em leque sobre os ombros, uma poça de sangue escurecendo em torno dela. Ela gemia baixo e eu sabia que devia estar agonizado.

Parti em disparada até ela, bombeando meu sangue para a ferida aberta, para que ela conseguisse se alimentar facilmente. Mas Damon me interceptou, descendo o ombro em meu peito e derrubando-me de costas.

Levantei-me.

-Issso precisa parar agora! - gritei, pronto para atacar,. Parti voando para ele, disposto a dilacerá-lo, a lhe dar o que ele queria há tanto tempo.

-MAs parar agora? Antes do jantar? - perguntou Damon com um sorriso lento se formando no rosto. Horroziado, vi damon se ajoelhar, expôr os dentes e afundá-los no pesocoço de Callie, bebebdno longa e intensamente. Tentei puxá-lo, mas ele era muito mais forte. De quantas pessoas se alimentara desde que fugimos?

Continuei puxando, tentando libertar Callie, mas Damon ficou na mesma posição com uma esátua de mármore.

-Socorro! Lexi! - rugi enquanto Damon me mandava voando para trás com um golpe rápido do cotovelo.

Bati na grama com um baque. Damon continuou bebendo.

Percebi com pavor que o gemido de Callie havia parado. e também o som constante e pulsante do sangue que me acostumara a ouvir em sua presença. Caí de joelhos.

Damon se virou para mim com rosto sujo de sangue. O aangue de Callie. empalideci. Damon riu.

-Timha razão, maninho. Matar é o que os vampiros fazem. Obrigado pela lição.

-Vou matar você - falei, investindo na direção dele mais uma vez. Derrubei-o no chão, mas Damon aproveitouse de meu braço ferido e me virou, prendendo-me no chão ao lado de Callie.

Damon balançou a cabeça.

-Não acho que eu vá morrer esta noite, obrigado. Chega de ser você a tomar as decisões de vida ou morte - sibilou.

Damon levantou-se como se fosse embora. Engantinhei até Callie. Seus olhos estavam arregalados e vidrados, o rosto livido. Seu peito ainda esubia e descia, mas muito pouco.

Viva por favor, pensei, olhando-a nos olhos que não piscavam numa tentativa desesperada de coagi-la. Vi suas pálpebras palpitarem. Seria possivel estar funcionando?

Quero que viva. Quero amar você enquanto estiver viva, pensei espremendo sangue de minhas feridas nos seus lábios abertos.

Mas enquanto as gotas escorriam pelo rosto de Callie, senti uma dor agonizante no abdme. Caí esparramado na grama,e Damon chutou reptidas vezes minha barriga com uma expressão demoníaca.

Reunindo todas as minhas forças, escapei pela terra molhada de orvalho para longe de Damon.

-Socorro - gritei novamente para casa.

-Socorro! - zombou Damon de mim numa voz cantarolada - Não é mais o grande homem, não é, maninho? O que houve com o domínio do mundo? Ocupado demais tomando chás com os amiguinhos e apaixonados por humanas? - Ele balançou a cabeça, enojado.

Algo dentro de mim despertou. De algum modo, consegui me levantar e corri para Damon, de presas á mostra. Empurrei-o para o chão, minhas presas cortando um talho longo e desigual em sua jugular. Ele caiu no chão com o sangue escapando do pescoço, os olhos fechados.

Po um momento, pareceu meu irmão novamente. Não tinha olhos vermelhos, nem a voz carregada de ódio. Só os ombros largos e o cabelo preto que sempre representaram Damon. E, no entanto, não era mais Damon. Era um monstro em uma ondea de destruição, irreprimivel em sua ameaça de tornar minha vida uma desgraça.

Examinei o terreno em volta de nós, finalmente avistando um pequeno galho a pouca distância, caído de uma tempestade. Engatinhei até o galho e ergui acima seu peito.

-Vá para o inferno - sussurrei, desejando fervorosamente cada palavra.

Mas, enquanto as palavras saíam de minha boca, Damon deu um salto do chão, de olhos vermelhos e presas á mostra.

-Isso não é jeito de falar com um parente - zombou ele, atirando-me no chão - E não é assim que se segura uma estaca.

Ele ergueu o galho sobre meu peito, no alto, com um brilho nos olhos.

-Eis a morte que você não me permitiu ter. lenta e dolorosa, e vou desfrutar de cada segundo dela - disse Damon, rindo ao baixar a estaca com toda a força em meu peito.

E então tudo escureceu.

sede de sangue -diarios de Stefan -vol.2Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt