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7 de outubro de 1864

Algo mudou. Talvez seja meramente a idade, uma espécie de hiperamadurecimento ao papel

de um vampiro adulto. Talvez seja a tutela de Lexi. Ou o fato de que estou diante de um verdadeiro desafio que confontra a morte, e simplesmente sei que não posso disperdiçar energia matando por diversão. Qualquer que seja a causa, o resulto é o mesmo. Embora me sinto mais compelido a caçar. Caçar é uma distração. Minha fonte é algo a ser saciado rapidamente, e não por prazer.

É claro que a gestão é: como vou libertar Damon? Atacando tudo que estiver á vista, criando uma balbúrdia de distração? Convencendo Callie a tirar a coroa de verbena para que eu possa coagi-la a fazer o que eu quiser?

Mas Callie parece ter um poder inteiramente dela. Isto está claro para seus capangas, e está claro para mim.

Evidentemente meu Poder é mais forte. Não tenho dúvida de que vou preservar. Salvarei Damon e então recompensarei a mim mesmo bebendo do pescoço dela.

Passei o dia todo andando de um lado ao outro do quarto traçando uma trilha na poeira que cobria o piso de madeira. Os planos para libertar Damon voavam por minha cabeça, um por um, mas, com a mesma rapidez com que vinham, eu os reijeitava por serem ousados demais. Pelo cerco aos vampiros m Mystic Falls, eu já aprendera que um passo em falso causaria um efeito dominó de violência e desespero.

-Você parece um animal enjaulado - disse Lexi, aparecendo á porta. Sua voz era leve, mas rugas de preocupação marcavam a testa.

Soltei um rosnado baixo e passei as mãos no cabelo.

-Eu me sinto um animal enjaulado.

-Ainda não pensou num plano?

-Não - suspirei alto - E nem sei por que estou tentando. Ele me odeia - Baixei a cabeça, envergonhado de repente - Ele me culpa por tê-lo transformado no que é.

Lexi suspirou e diminuiu a distância entre nos. Pegou minha mão.

-Venha comigo - Ela me tirou do quarto e descemos lentamente a escada, ela passava os dedos pálidos pelos retratos que restavam as paredes. Todas as pinturas estavam cobertas por camadas de sujeira. Perguntei-me há quanto tempo estavam penduradas ali e se alguém desses retratos ainda andava pela Terra: vivo ou morto.

Ao pé da escada. Lexi parou e tirou um retrato da parede. Era mais novo do que os demais, com uma moldura dourada e o vidro polido e brilhante. Um jovem louro de expressão séria me fitava. Seus olhos azuis tinha uma leve tristeza e o queixo com covinha era empinado, em desafio. Parecia-me incrivelmente familiar.

Meus olhos se arregalaram.

-Este é seu...

-Irmão - disse Lexi - Sim

-Ele não está... - interrompi-me, sem querer concluir a frase

-Não, ele não está mais entre nós - disse ela acompanhando a covinha do queixo do menino com o indicador.

-Como ele morreu? - perguntei

-E isso importa? - disse ela num tom rispido.

-Não, acho que não - Toquei o canto da imagem - Por que o guarda?

Ela suspirou.

-è uma ligação com o passado... Com quem eu era antes... - Ela gesticulou para o próprio corpo - antes de me transformar nisto. É importante não perder esse último fio de ligação com a humanidade - Sua expressão ficou séria.

sede de sangue -diarios de Stefan -vol.2Where stories live. Discover now