💋— Estou indo querido — Fingi que não era comigo e continuei lendo, escutei um suspiro mas continuei concentrado no que fazia — O jardineiro vem hoje, não seja tão frio com ele meu bem, seja amigável.
— Serei.
— Te amo.
— Que pena.
— Já estamos casados há sete anos Jimin, quando você vai aceitar e retribuir os meus sentimentos?
— Nunca — Passei a página — Pode sair do meu quarto por favor? Está me atrapalhando.
— Já vi que não será do modo fácil.
— O modo difícil é a morte? Prefiro.
— Está dizendo que prefere a morte do que–
— Sim.
— Eu nem terminei de falar.
— Pouco me importo — Ele saiu batendo a porta enquanto me xingava — Imbecil nojento.
Eu tinha apenas dezesseis anos quando meus pais me enfiaram em um casamento, eu não estava de acordo e tampouco aceitei.
Mas em um belo dia de verão eu estava casado, os desgraçados com um pouco de dinheiro conseguiram esse feito mesmo sem minha presença e desde então eu "vivo" na mesma casa que esse imbecil.
Eu o odeio.
O odeio com todas as minhas forças, desde aquele maldito dia eu não soube mais o que era ser feliz.
Até conhecer Jeon.
O jardineiro que foi contratado pelo meu "marido" a cerca de cinco meses, e desde então minha vida parece ter mais sentido.
O lado ruim é que ele só vem duas vezes por semana, mas dá para aproveitarmos bastante.
[...]
Jeon já havia chegado, no momento estou vendo ele tomar um copo de suco que a moça que trabalha aqui levou para ele.
Eles conversaram algo rápido e ela logo entrou, Jun levantou a cabeça me olhando e piscou pra mim.
Sorri todo envergonhado e ele fez sinal que estava subindo, assenti todo besta e fechei a janela.
Agora é a melhor parte da minha semana.
Acendi um cigarro e me sentei na cama, não levou segundos para ele dar as batidas na porta do seu jeito para que eu soubesse ser ele.
— Entra — Ele entrou já sorrindo e trancou a porta.
— Não recebo um abraço? Um beijo? Já não me ama mais? — Sorri todo bobo e chamei ele com o dedo, Jun se aproximou praticamente se jogando encima de mim.
— Cuidado amor — Falei por causa do cigarro e ele não deu a mínima, apenas juntou sua boca com a minha.
Depois de me beijar por algum tempo ele se levantou me puxando também, levei o cigarro até a boca enquanto olhava para o rosto sereno à minha frente.
— Hum? — Mostrei pra ele que assentiu.
— Me dá um trago — Fiz o que ele pediu e sorri negando com a cabeça quando ele até gemeu depois.
— Abstinência?
— De você sim — Ele já estava pronto para tirar a camisa, mas eu neguei com a cabeça colocando a mão em sua barriga.
— Hoje não.
— Certo, então vem aqui, deixa eu te mimar um pouquinho.
— Aceito ser mimado mas não estou dizendo que não quero — Ele me olhou meio confuso soltando a fumaça pela boca e nariz.