XXXIII - Paz...?

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Verônica não podia dizer que estava animada para o almoço, se dependesse dela passaria o restante do dia enrolada nos lençóis com Javier, mas Steve parecia tão animado em sair com os amigos que ela simplesmente não pode dizer não.

Estava a pelo menos cinco minutos sentada apenas de calcinha sobre a cama encarando as roupas na mala. Ouviu o moreno fechar a porta atrás de si e o encarou, ele havia acabado de sair do banho, então água pingava de seus cabelos e escorria pelo rosto. As marcas roxas na altura das costelas não pareciam tão horríveis a luz do dia, eram quase como um sombreado.

—Porque tá me olhando assim? —Ele tinha um sorrisinho de canto, os olhos escuros pareciam brilhar.

—Não sei do que tá falando. —A mulher deu de ombros e se deitou sobre os lençóis, sua forma nua atraiu imediatamente os olhos do mais velho.

—Se eu chegar perto de você o Steve vai tocar a droga da campainha. —Falou repleto de frustração, teria uma conversa com o amigo sobre aquilo o quanto antes.

Verônica começou a rir e voltou a sentar, seus cabelos longos faziam cócegas em sua cintura.

—Você é tão dramático. —Revirou os olhos e deu tapinhas na cama. —Deita.

Não era o tom de voz que ela costumava usar com ele, estava sendo completamente mandona, mas ele achou aquilo extremamente sexy. Deixou a toalha cair no caminho até a cama e sorriu com os olhares que a namorada lançou a seu corpo, ela mal conseguia disfarçar o suspiro quando passou ao seu lado e finalmente deitou.

—E agora? —O som rouco fazia a ruiva sentir arrepios, mas ela apenas ignorou a pergunta do agente.

Um sorrisinho cínico dançava nos lábios dela quando sentou sobre as pernas do moreno, as mãos dele voaram imediatamente para as coxas dela e tentou puxá-la mais para perto.

—Acho que precisa sentar um pouco mais pra cima, mi amor. —Tentou mais uma vez trazê-la para cima.

—Cala a boca, Javier. —A mulher falou enuquanto empurrava as mãos do namorado para longe de seu corpo. —Vou fazer o que você quer, é só ter um pouco de paciência.

Soltou os pulsos dele devagar e se permitiu admirar o homem em baixo de si, ele tinha os lábios entreabertos e olhos bastante sérios, a carranca costumeira começava a surgir em suas feições, mas Verônica adorava o ver irritado.

—Porque tá com essa carinha, mi amor? —O tom de  voz da mulher era doce e completamente falso, o que só fez com que os olhos do mais velho parecessem ainda mais cheios de uma raiva contida.

Inclinou-se devagar e passou a língua sobre os lábios dele, mas se afastou quando ele se inclinou para tentar beijá-la. Depositou beijos por todo o pescoço do moreno enuquanto corria a ponta das unhas por sua barriga, quase sorriu quando o sentiu se contorcer.

—Vou fazer você se arrepender disso mais tarde, princesa. —Ao mesmo tempo que parecia irritado, havia uma pitada de excitação em sua voz.

—Não é um bom momento pra me ameaçar, docinho. —Arrastou os quadris contra o membro do moreno, o suspiro pesado solto pelo mesmo a fez sorrir.

Finalmente o beijou, sentiu as mãos do namorado pousarem imediatamente em seus quadris incentivando os movimentos de fricção, não tentou impedi-lo, mas logo afastou-se de seu lábios para não piorar o pequeno corte que havia ali. Desceu a boca para o peito do homem e lambeu o mamilo dele em provocação recebendo um xingamento em espanhol como resposta. Beijou cuidadosamente a região machucada e o sentiu ficar tenso, mas logo correu a língua para o final de sua barriga e o viu observar com atenção seus movimentos.

Don't Blame Me - Javier PeñaOnde histórias criam vida. Descubra agora