XXXVIII - A grande guerra

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Javier tentava não apertar os quadris da namorada com tanta força, mas era uma tarefa difícil quando ela sentava em seu pau daquele jeito lento e tortuoso. Acertou um tapa audível contra a bunda da mulher e a olhou feio.

No me tortures, mi amor. —A voz saiu mais manhosa do que ele esperava.

O som da cabeceira da cama colidindo contra a parede provavelmente irritaria algum dos vizinhos, afinal já passava de duas da manhã e não estavam sendo exatamente silenciosos. Os movimentos de Verônica vacilaram quando o moreno empurrou os quadris com força em direção aos  dela, sentiu suas pernas tremerem, tanto pela estimulação quanto pelo cansaço muscular.

Solo quiero tomármelo con calma, sentirte lo más profundamente posible. —A mulher murmurou contra os lábios do namorado, beijos demorados eram deixados no lugar.

—Assim?

Peña puxou os quadris da garota contra os seus e a prendeu no lugar, a sensação era tão inebriante que ele não conseguia entender como estava conseguindo manter o autocontrole. A ruiva praticamente gritou seu nome, estava completamente zonza pela profundidade repentina.

O moreno ajudou a agente a manter os movimentos profundos e lentos, mas ele sabia que nenhum dos dois suportaria aquilo por muito tempo. Os gemidos da mais nova próximos ao seu ouvido o faziam morder os lábios com força, aquela maldita mulher acabaria lhe matando.

—Mais rápido, querida, por favor. —Sentiu-se patético, mas precisava daquilo, precisava acalmar sua mente.

Verônica começou a sentar depressa, seus movimentos rápidos começavam a ficar erráticos, mas Javi a mantinha firme, as mãos sempre presas em seu quadril a ajudando a montá-lo desesperadamente.  Os peitos dela, ainda cobertos pela camiseta do pijama, soltavam lindamente. Era quase hipnótico, ele não conseguia desviar os olhos da bela imagem que era a namorada o fodendo dolorosamente bem.

Quando finalmente gozaram Javier sentiu a namorada apoiar a cabeça em seu ombro, suspiros cansados chegavam até seus ouvidos.

—Seria muito nojento se a gente dormisse sem tomar banho? —A garota murmurou enuquanto rolava para seu lado da cama, suas pernas gritavam se alívio por poderem finalmente descansar.

O moreno soltou uma risada alta e foi até o banheiro,  as costas tinham uma camada fina de suor e sua bunda estava marcada pelas dobras dos lençóis. Quando retornou Verônica já parecia prestes a dormir, de bruços ele conseguia ver a marca vermelha do tapa que havia dado na bunda da garota.

—Desculpe por isso, mi amor. —Correu os  dedos carinhosamente pela pele avermelhada.

Como resposta Verônica simplesmente o puxou para perto e deitou a cabeça sobre seu peito, pouco tempo depois os dois já dormiam profundamente.

Estavam esgotados, pois aparentemente Simón só precisava de três dias para organizar uma festa de luxo e esses eram a quantidade de dias que os agentes estava sem dormir. Passavam literalmente o dia todo dentro da delegacia organizando as coisas e aquele não havia sido diferente, mas com certeza havia sido mais estressante.

No outro dia seria a maldita festa, então os níveis de estresse estavam altíssimos. Discutiram diversas vezes naquele, Javier não gostava de receber ordens e Verônica não gostava de ser subestimada, então praticamente tornaram a delegacia em um campo de guerra. As gritarias e provocações tirariam a paz de um santo, que foi exatamente o que aconteceu quando Steve disse que não aguentava mais os dois e foi embora.

Foi sexo de reconciliação, toda aquela briga era fruto dos dias sem dormir e da quantidade nada  saudável de café que estavam ingerindo.  E não havia sono melhor que o logo após um orgasmo.

Don't Blame Me - Javier PeñaOnde histórias criam vida. Descubra agora