brutal, stupid, lxve

lxve by damage: confissões

esse é grandinho hein

não se esqueçam de comentar, votar e compartilhar (se quiserem) bjos

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Parte 2, Capítulo quinze: confissões

Romeo estava deitado, mas não dormindo. No quarto de Nicholas, ele encarava o teto com o cenho franzido. Que dia incomum foi aquele? A discussão de Lucas com Jade, a pressão de Nicholas, Pablo e a foto de Maximo e agora Nick se recusando a ouvir o que o loiro tinha a dizer.

Tudo aquilo quase o fez esquecer de sua mãe. Suspirou.

Sua cabeça rodava. E isso estava começando a estressá-lo. Sentou-se. Ele fora até a casa de Nicholas para conversar com ele, não para dormir. Por que ele tinha obedecido aquele idiota para início de conversa? Ficou de pé, a meia deslizando no chão. Romeo não podia resolver as coisas entre Lucas e Jade, sabia que parte da razão de ele ir para tão longe era ela, e Lucas nunca pediu sua opinião, então ele dava ao amigo seu espaço. Também não sabia o que fazer com Pablo, não entendia as intenções dele em ir atrás de Maximo, se era a atenção de Romeo que ele queria, ele conseguiu. O loiro achava que Pablo andava sentindo falta de brigar nas ruas. Mas isso não tinha nada a ver com Romeo.

E, na verdade, tudo isso estava em segundo plano. Porque havia Nicholas. E com ele Romeo sabia lidar. Encarou a porta a sua frente e fechou a mão em punho. Ou pelo menos ele achava que sabia...

Saiu do quarto em direção ao de Lucas, a casa estava mergulhada num breu e o silêncio se fundia ao escuro. Deslizou os pés e de repente era como se seu coração pudesse ser ouvido de todos os cômodos da casa.

Chegou até a porta de Lucas e encarou a maçaneta, o suor frio descendo sua espinha. Por que caralhos estou tão nervoso?, resmungou em pensamento, é só Nicholas. Nicholas, que não queria ouvir sua resposta, que insistira em dormir em outro quarto. Que não o beijou nenhuma vez essa última semana. Engoliu a seco e soltou o ar dos pulmões lentamente.

Empurrou a porta pausadamente, um feixe de luz fraco invadiu o interior do quarto e incidiu sobre o rosto de Nick. Ele franziu levemente o cenho e seu movimento fez com que a iluminação atravessasse seu queixo, seus lábios, o nariz, as pálpebras, os cabelos enrolados. Romeo deslizou os olhos para baixo e encontrou Lucas jogado em um colchão no chão, provavelmente bêbado como um gambá.

Romeo mordeu o lábio inferior até começar a doer, depois entrou. O quarto estava preenchido pelos sons de respiração. A intenção do loiro era acordar Nicholas para forçá-lo a ouvi-lo, mas agora, vendo o moreno dormindo sobre a cama, um sentimento inevitavelmente malicioso tomou conta dele.

O loiro lançou outro olhar para Lucas antes de andar até a cama e subir nela, engatinhou até seu rosto estar na mesma direção do de Nicholas. Corou levemente antes de apertar o nariz dele, impedindo-o de respirar. Ele se debateu antes de abrir os olhos e arregalar as orbes tanto que quase pularam do seu rosto. Romeo tapou sua boca antes que ele emitisse qualquer som.

— O qwe vosse ra fwassndo arwi?

— O que você acha? — sussurrou, ríspido.

O loiro tirou a mão dos lábios do outro, a surpresa ainda estava refletindo nos seus olhos.

— Eu acho... que ainda estou dormindo. — retrucou, a voz rouca e deslizou a língua sobre os próprios lábios. — Porque você estava no meu sonho, e agora está aqui... — engoliu a seco e colocou as mãos nas têmporas do loiro — Mas me parece bem real. — o polegar direito passeou pelo lábio inferior do outro, sua atenção roubada. — P-por que você está aqui?