lxve by damage: brutalmente. estupidamente. amavelmente.

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 e aí meninas, meninos e menines, como cês tão? espero que gostem desse aqui :3

Parte 2, capíulo final: brutalmente. estupidamente. amavelmente

Nicholas se agarrava a Romeo como se sua vida dependesse disso, e geralmente dependia mesmo. O loiro ziguezagueava pelas ruas de Ardosa e um sinal vermelho não tinha realmente grande importância para ele. Ao que parecia Romeo tinha um lugar em mente.

Eles pararam quase derrapando no asfalto quente e Nicholas reconheceu de imediato a mãe de Romeo cruzando o gramado. Ela estava sentada com o corpo meio de costas, meio de lado para ele, o casaco surrado contornando seus ombros ossudos, o cabelo ralo escorregando pelas costas. Nick se perguntou como alguém tão frágil podia fazer tanto estrago.

Ele também viu Pablo.

Romeo mal esperou Nicholas descer para pular da moto.

— Ei! — o loiro gritou chamando a atenção do outro e apontando para ele, suas passadas nos chão eram titânicas. — Eu não tinha te mandado embora?

Quando Pablo se virou, a mãe de Romeo também o fez. Nesse momento um calafrio subiu a espinha de Nicholas. Os olhos dela pareciam reflexos de alguém que um dia foi uma pessoa. Como se ela estivesse perdendo a si mesma, um espectro de uma promessa. Ele não duvidava que fosse isso mesmo, sempre se perguntou como Romeo se sentia com todo esse turbilhão de eventos na sua vida, como o pai dele se equilibrava na corda bamba e como Nina interpretava tudo aquilo.

A mãe de Romeo nunca foi uma preocupação em si. Ela era ruim, era o que tinha decidido, ela tinha, da forma mais egoísta possível, retirado uma parte preciosa de Romeo e deixado um rastro de traumas e infelicidades no processo. Não devia ter pena dela, nem empatia. Mas ele nunca tinha pensado no que tudo aquilo tinha custado a ela.

Pablo saiu de perto de Helena e andou a passos lentos em direção ao loiro, mantendo um sorriso irritantemente cínico. Ele bamboleava o quadril de um jeito que despertava uma fúria rara em Nicholas. Levantou as mãos como se estivesse se rendendo.

— Você não pode me proibir de conversar com as pessoas, não sou seu namoradinho.

Foi o suficiente para fazer com que Nicholas também se aproximasse. Ele imaginou que Romeo fosse acertar o outro, e até torceu secretamente por isso, mas a proximidade de Helena pareceu restringir o loiro.

— Você não tem nada pra conversar com a minha mãe. — Romeo murmurou entre os dentes. — Vaza.

— Ah, mas eu tinha o que conversar... — Pablo olhou rapidamente para trás. — Olha pra ela, — voltou-se para Romeo, ele encarava o loiro como uma criança traquina pedindo aprovação de um irmão mais velho. Mas Nicholas sabia que não eram fraternos os pensamentos de Pablo. — toda perdida. O remorso comendo ela. Eu encontrei Maximo do mesmo jeito. — deu de ombros. — Eles não pareciam arrependidos quando te deixaram daquele jeito.

Nicholas sentiu a mão coçar.

— Eu disse, — Romeo aproximou-se mais ainda. — vaza.

— Eu estou quase convencendo ela, Romeo. — ele sussurrou, as pupilas dilatadas de uma forma caleidoscópica. — É melhor assim. Pra você, pra ela. Maximo ainda não acordou, você sabia? Eu deixei uma foto tua do lado da cama dele no hospital, pra caso ele acorde. — percebeu os ombros do loiro tensionarem — Mas ela? — apontou para a mulher de olhos fantasmagóricos, um turbilhão de pensamentos vazios caminhando pela mente dela. Considerando, considerando, considerando. — Tsc , tsc. Uma surra não seria o suficiente. — apontou para trás. — Ela precisa aprender melhor a não mexer com a gente. Do jeito que ela tá frágil e sozinha agora, não ia demorar muito pra ela tirar essas conclusões por si só de qualquer forma.

brutal, stupid, lxveWhere stories live. Discover now