A voz do corpo ( harmonia ) ✅

Capítulo 51

Se Berti ainda tinha dúvidas sobre a existência da magia e quaisquer preocupações remanescentes sobre a sanidade coletiva de seus familiares, essas questões foram resolvidas logo depois que todos voltaram para a sala com a bagagem cheia. Dumbledore sacou sua varinha, deu um rápido movimento, e todas as malas e sacolas encolheram para não serem maiores que uma caixa de anel. Berti gritou primeiro, observou sua bagagem miniaturizada com um olhar penetrante, então olhou longa e duramente para Dumbledore, Harry e Hermione por sua vez. Ela não disse nada sobre sua primeira exposição à realidade da magia, e também não protestou ou expressou qualquer outra palavra de dúvida sobre o que se seguiu.

E se alguma coisa poderia testar a coragem de um trouxa quando confrontado com o mundo mágico pela primeira vez, seriam os eventos que se seguiram ao incidente de encolher a bagagem. Dumbledore os conduziu até o armário do quarto que Hermione estivera usando durante as férias e, sem dizer uma palavra, abriu a porta. Lá dentro, vestindo uma cueca boxer cinza listrada com suspensórios listrados combinando, estava Kimmy. Ela parecia sombria e mais próxima de sua idade do que Harry ou Hermione jamais a tinham visto. Berti recusou o

breve momento ao ver a estranha criatura em seu armário.

"Essa é Kimmy," Hermione sussurrou para sua avó, e com um arquear de uma sobrancelha e uma pressão de seus lábios, Berti levou isso na esportiva.

Dumbledore separou os casacos no armário para revelar a pequena porta da casa portátil de Kimmy, que nunca fica longe de casa. Outro movimento de sua varinha fez com que a porta aumentasse para quatro vezes seu tamanho normal. Depois disso, foi pouca coisa para todo o grupo entrar na residência igualmente cheia de Kimmy. Berti ficou para trás apenas um pouco, mas ela o seguiu, sem dizer uma palavra.

Eles tiveram que pular um pouco sobre a Grã-Bretanha para chegar onde precisavam estar, como viajantes com voos de conexão. Da lareira de Kimmy eles foram para uma lareira pública no Beco Diagonal. Berti era uma policial enquanto seguia aqueles de sua família mais familiarizados com o tipo de shopping center mágico. Harry pediu licença para acompanhar Dumbledore sozinho ao banco bruxo. Sua missão não durou mais do que cinco minutos e, quando terminou, Dumbledore levou todos para outra lareira pública para a próxima etapa de sua jornada. Aquele Flu os conectou à lareira de um mago fora de Surrey. O residente recebeu calorosamente seus convidados nascidos no fogo, trocou palavras familiares com Dumbledore, foi gentil com os trouxas (o suficiente para fazer alguém suspeitar que ele era nascido trouxa), olhou duas vezes quando percebeu quem era Harry,

De lá eles caminharam, uma estranha comitiva, embora não houvesse ninguém para testemunhar. As ruas estavam vazias; todos estavam dentro de casa abrindo presentes e passando tempo com seus entes queridos. Isso tornava a multidão de casas mais feliz por dentro, mas as ruas do lado de fora mais sombrias. Harry conhecia essas ruas; eles sempre foram sombrios e agourentos para ele, mas hoje foi de longe o pior que as ruas já tiveram.

Quando chegaram ao quarteirão de um dígito de Privet Drive, Harry procurou a casa de seus tios. Não foi difícil de detectar. De quase todo o quarteirão de distância, Harry podia ver o estrago. Havia enormes marcas pretas de queimadura na fachada. A tinta estava chamuscada e queimada. A grama estava morta em faixas e manchas aparentemente aleatórias, como se um dementador tivesse brincado no gramado e deixado a podridão em seu rastro. No segundo andar... Harry pausou e Jake quase se chocou contra ele quando viu que faltava uma parte da casa. A parede do quarto de Dudley havia sumido, destruída, rasgada e deixando o quarto vazio por dentro como as entranhas de um cervo atacado. O carro foi capotado e incendiado. As chamas ainda lambiam as janelas, embora fracas e se debatendo porque tudo que podia queimar já havia.