(in·cer·te·za)
substantivo feminino:
1. Falta de certeza; dúvida.
2. Estado da pessoa que duvida.
3. E͟s͟t͟a͟d͟o͟ d͟e͟ c͟o͟i͟s͟a͟ i͟n͟c͟e͟r͟t͟a͟
É sempre necessário que alguém tenha razão: ou Prinna Morningfalls é vítima do acaso ou então Prinna é v...
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── Maegor, segure essa espada. ── A loira advertiu, arrumando sua armadura contra o peito com seus cabelos trançados em um coque. ── Está distraído, ── observou o filho e empunhou a irmã-sombria*. ── O que aconteceu nos dias que estive fora?
── Nada, ── limpou sua garganta e balançou a espada, ouvindo o som cortante que ela fez no ar, o brilho afiado fez os olhos de Maegor se iluminar, ── Fiquei pensando no que a senhora disse antes de ir.
Um sorriso encheu o rosto magro da Visenya, ela se aproximou dele o suficiente para que só ele escutasse.
── Pensou mesmo? ── os cílios de Maegor bateram levemente na bochecha manchada de vermelho por conta do calor que fazia, sua pele era tão branca e parecia tão sensível que qualquer coisa o deixava vermelho, quando era bebê, não passava de um bebê gorducho e com bochechas rosadas e cabelos ralos, roubava atenção de todos ali por tamanha lindeza. Mas não o suficiente para ter atenção de seu pai, que estava zelando por qualquer coisa que seu filho mais velho fizesse. ──E qual foi sua decisão?
── Eu quero ser Rei, mãe. Aenys não tem culhões o suficiente para reinar os Sete Reinos. ── Visenya viu as pupilas do filho se dilatando, e a determinação em sua voz. Ela iria o ajudá-lo a ser Rei.
── Bem, então empunhe essa merda direito e vamos treinar.
── Certo. ── ficando no meio do campo de areia, Maegor se posicionou. Não demorou para que sua mãe fosse para cima dele, e ele foi em seguida.
Escondida atrás de alguma colina que tinha a forma de um dragão, Prinna estava lá, a pedidos de Meredith, era alguns refrescos para a Rainha. A morena teimou e disse que não queria levar os refrescos, isso durou bons minutos de discussão mas se deu por vencida quando Meredith foi chamada para ajudar em um jantar que haveria hoje a noite, aparentemente Aenys iria passar um tempo aqui.
Horas se passaram e Prinna sentiu seus braços doerem, e seus pés formigarem de tanto ficar parada na mesma posição, e ela se perguntava como que eles conseguiam ficar treinando por horas sem nenhuma pausa.
── Prinna! ── a voz cansada da Rainha a chamou, e a garota forçou sua visão para enxergá-la e a loira fez gesto com a mão. ── Venha aqui!
E indo em passos rápidos sentindo seus pés tocando a areia fofa e parou na frente de Maegor e Visenya, Prinna se limitou a olhar para o Príncipe.
Depois daquela noite, na manhã seguinte, Maegor começou a tratar normal. Sem piadinhas, sem falas maldosas, e conversas de como estava sendo seu dia, mas mesmo assim, ela não o olhava, porque toda vez que encarava os olhos marcantes do Príncipe, seus olhos iam para o nariz masculino roçando em seu pescoço e a barba rala fazendo cócegas no local, e a boca que a fez engasgar junto com a língua macia, quente e molhada. Prinna, estava confusa com tudo, cogitou até em pensar que era tudo um sonho ── um sonho molhado, e aterrorizante ── mas as marcas em seu pescoço a lembravam que aquilo que aconteceu foi real.
