(in·cer·te·za)
substantivo feminino:
1. Falta de certeza; dúvida.
2. Estado da pessoa que duvida.
3. E͟s͟t͟a͟d͟o͟ d͟e͟ c͟o͟i͟s͟a͟ i͟n͟c͟e͟r͟t͟a͟
É sempre necessário que alguém tenha razão: ou Prinna Morningfalls é vítima do acaso ou então Prinna é v...
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Prinna ficou sozinha com Eli, e fez exatamente o que a Visenya pediu. Teve que limpar as mãos quando terminou, ficou no quarto o restante da noite, sentindo seu corpo cansado mas teve medo de dormir e se deparar com ele fora da cama ou bem distante dali.
No amanhecer, Prinna passou a mão pelo rosto dando leves tapas para dispensar o sono e se levantou se movimentando para não se deixar cair no sono, logo em seguida Eli despertou, soltando xingamentos pela dor, se afastando da cama e manteve a coluna ereta, as mãos a frente da barriga e esperou que ele ficasse ciente da presença sozinho, e quando o fez, mesmo com o rosto machucado e inchado era perceptível a expressão de nojo e dor do homem.
── Veio conferir o que a feiticeira fez em meu rosto? Espero que esteja gostando ── passou a língua sobre os lábios e fez uma careta, sua expressão estava ficando mais curvada, a falta de seus dedos causava uma dor descomunal em seu corpo, seu rosto dolorido e sua boca inchada, ele sentiu o sangue em sua língua, provavelmente ela deveria estar cortada pela força que tinha feito para não soltar nenhum um grito durante a tortura, tinha sido longas horas das mãos do Eli sendo mutilada afins de mais alguma confissão. Visenya levou os dedos embrulhados em um pano, um petisco para Vhagar.
── Você nunca teve um rosto agradável de se olhar ── rebateu ── Então não faz diferença.
Eli riu, uma risada seca que terminou com um gemido agonizante.
── Minha feição nunca foi agradável mesmo ── seu nariz parecia que estava maior, a cada instante que se passava o lombo crescia, parecendo um tumor ── Me diga Prinna, o que você ganha sendo a vadia dos vermes?
As narinas da morena se dilataram, seu coração palpitando forte contra o peito, fechou suas mãos em um punho e passou a língua pelos lábios.
── A feiticeira me disse…
── Pare de chamá-la de feiticeira! ── o interrompeu, mesmo com a fase ficando pálida, Eli sorriu.
── … Que você foi pega com quatorze anos de idade, certo? Não sabia que a feiticeira gostava de criancinhas, mas imagino que foi de presente ao bastardo ── as palavras enjoaram a garota, sentindo seu estômago revirar com as suposições do Eli, se ele pensava isso, outras pessoas também iriam pensar ── Agora que você não é mais uma menina, por isso te jogaram com o primeiro homem que apareceu, não foi?
── Cala-se ── diz entre dentes, e abriu a porta do quarto, ouviu um gemido de dor distante quando descia para a cozinha, quando chegou na cozinha ouviu baterem na porta. Prinna estava com tigela de sopa quente em suas mãos, ficou paralisado para ter certeza, e ouviu novamente, puxou o ar e colocou a tigela sobre a mesa e colocou o vestido acima do nariz. ── Pois não? ── a voz saiu abafada, a vizinha baixa e com o corpo cheio tentava olhar para dentro da casa.
── Bom dia querida ── sorriu forçando um sorriso para deixar os pequenos ── Está tudo bem? Ouvi gritos a noite toda, aconteceu algo com o que eu possa ajudar? ── os olhos da senhora não estavam na morena, sempre buscando algo dentro da casa ── Porque está com o vestido no rosto querida… Está machucada?
