UNCERTAIN | Maegor Targaryen

Chapter Seventeen

  Prinna colocou Eli na cama, procurando algo para que amarrasse suas mãos para que ele não se mexesse, fazendo a mesma coisa com suas pernas. Suas costas doíam por ter feito tanto esforço para colocar o homem em cima da cama, rasgou um pedaço de um vestido fazendo uma bola, depois outro pedaço, abriu a boca do marido e colocou na boca dele, amarrando a outra parte, assim ele não iria gritar e chamar atenção dos que estavam de fora.

Tinha uma pequena mancha de sangue sujando a cama, colocando dedos sobre o pescoço, sentiu o pulso dele, e respirou fundo, infelizmente ele ainda estava vivo, e talvez seja melhor assim.

Sua curiosidade aflorou em sua pele, procurando nas coisas do Eli algo. Procurou em gavetas, e em roupas dobradas, não encontrou nada, a morena estava quase desistindo quando bateu a mão contra o suporte da gaveta e ouviu o som oco, bateu novamente e logo o suporte caiu e papéis caíram.

Os pegou e começou a ler, ficando aterrorizada com que estava escrito ali, Eli estava ajudando a Fé Militante para aniquilação dos Targaryen em Westeros, pesquisas feitas por terceiros com nomes de venenos para exterminação dos dragões e sua garganta secou. Prinna tinha provas o suficiente para que Eli fosse morto, e que Maegor mandasse ir atrás de todos os envolvidos… Mas do que iria adiantar? Maegor nunca seria seu, ele sempre estaria focado no trono de ferro, desde quando moravam na Pedra do Dragão ele treinava, e estudava para ser o Rei, se lembrou do dia do seu aniversário, engoliu em seco com as lembranças de Aenys, negou com a cabeça e arrumou o suporte, colocando os papéis sobre seu vestido. Maegor nunca tentaria algo contra seu irmão, se lembrava daquele dia, os dois estavam com o pai, foi algo natural, um acontecimento trágico.

Conferiu o marido novamente, e ele ainda estava desacordado, fechou todas as janelas e saiu da casa, tentando não ser vista, entrando em becos chegou na fortaleza, que estava sendo fortemente guardada, guardas novos que logo apontaram lanças para ela.

── O que faz aqui, garota?! Saia daqui! ── a voz do homem era grossa e ríspida.

── Eu preciso falar com o Rei ── a voz da morena saiu alta, e firme. Ela não parou com seus passos até sentir o ferro em seu peito, olhou para a lança e depois para o guarda ── Eu preciso falar com o Rei ── diz pausadamente e se afastou ── Me leve até ele.

O homem riu, achando engraçado logo depois cuspindo no chão ao lado da morena ── E o que te faz achar que o Rei quer ouvir você, menina?

Prendeu os lábios entre os dentes, sabia que ela não era o importante o suficiente para que ela desse o seu nome. Os olhos verdes estavam cerrados para o homem, que tinha a barba aparada e olhar cansado. Respirou fundo, e colocou as mãos na frente do corpo, e sorriu.

── Tenho notícias sobre as pessoas que invadiram Fortaleza, nunca vi o senhor aqui, então creio que você esteja aqui porque o outro guarda foi morto. ── diz com a voz mansa, o olhar se intercalava entre o guarda e a lança que ainda estava em sua direção ── Me leve até o Rei.