(in·cer·te·za)
substantivo feminino:
1. Falta de certeza; dúvida.
2. Estado da pessoa que duvida.
3. E͟s͟t͟a͟d͟o͟ d͟e͟ c͟o͟i͟s͟a͟ i͟n͟c͟e͟r͟t͟a͟
É sempre necessário que alguém tenha razão: ou Prinna Morningfalls é vítima do acaso ou então Prinna é v...
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── Alyssa ── deixando as formalidades de lado, Prinna se aproximou da Velaryon que estava de pé na porta do quarto da Visenya ── Você precisa descansar, não faz bem para o bebê.
O rosto vermelho abraçava a barriga volumosa e engoliu em seco, balançou a cabeça negando o pedido da Prinna.
── Só vou sair daqui quando o Aenys aparecer e for comigo para o quarto ── a loira diz entre dentes, a morena abriu a boca para retrucar, mas percebeu a determinação na voz da Velaryon e assentiu, se afastou dali e procurou por uma cadeira confortável. Quando encontrou deixou próximo a porta e sinalizou para que platinada se sentasse.
── Pelo menos, senta-se um pouco ── com os lábios tremendo, Alyssa se sentou fazendo carinho na barriga. Prinna ficou ao seu lado, esperando por notícias atrás da porta grossa de madeira.
Os pés da Prinna estavam formigando de tanto ficar em pé esperando por notícias, já era tarde da noite e algumas servas vieram trazer o jantar; Alyssa recusou a comida mas aceitou um copo de água. Quando finalmente a porta se abriu, o Rei estava se segurando na Rainha, sua cabeça erguida e com suas roupas tão elegantes agora estavam manchados de sangue aterrorizado com a cena de seu sogro, Alyssa colocou a mão sobre a boca se permitindo chorar aquela dor atingiu a Prinna, Aegon e Visenya não precisaram falar nada.
── Estejam prontas antes do sol esteja no céu, Visenya cuidará de tudo ── não demorou para que os dois dessem espaço para que os servos passassem com o corpo embrulhado do primogênito falecido em um tecido branco, Prinna se sentiu enjoada e um reflexo rápido não conseguiu impedir que a Alyssa se jogasse contra o corpo falecido e chamasse pelo marido, olhando rapidamente para Visenya que balançou a cabeça para que ela tirasse a viúva dali. Quando a morena se aproximou viu que não adiantaria falar, e tentou puxar a platinada pelos braços.
── Pare de me tocar! Pare de falar, o meu Aenys… Ele ── engoliu em seco, e reuniu as forças que tinha para tirar a Alyssa dali. ── Me deixe ficar com ele! Aenys… Não! me deixe, eu disse pra me deixar! ── os servos levaram o corpo do Aenys, e a Alyssa ficou mais estressada, gritando e transferindo tapas na Prinna, as unhas da Velaryon arranhou o rosto da Prinna da tentativa de se libertar. A morena permitiu que seu rosto ficasse molhado com as lágrimas, aquilo era demais para ela.
── Já chega! ── a voz do Rei fez que as duas devessem dar um leve salto ── Alyssa vá para seu quarto, agora! ── a voz do Aegon era firme.
── Eu não posso ── o choro da platinada era dolorosa, como se todo sua vida tinha sido levada ── Eu não posso ── o rosto bonito da Velaryon estava inchado e os lábios vermelhos e com um ponta de sangue saindo.
── Faça o que eu estou mandando ── era a voz sofrida do Rei, que também dividia a dor de Alyssa; o filho da mulher que ele amava tinha ido antes dele, ele viu o seu primogênito morrer e não foi capaz de fazer nada para salvá-lo.
