(in·cer·te·za)
substantivo feminino:
1. Falta de certeza; dúvida.
2. Estado da pessoa que duvida.
3. E͟s͟t͟a͟d͟o͟ d͟e͟ c͟o͟i͟s͟a͟ i͟n͟c͟e͟r͟t͟a͟
É sempre necessário que alguém tenha razão: ou Prinna Morningfalls é vítima do acaso ou então Prinna é v...
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O aniversário do Príncipe Maegor estava chegando, e a ilha estava ficando mais agitada que o normal. Barcos chegando com tecidos, jóias, e animais ainda vivos para o preparo do grande jantar, as servas estavam enlouquecidas para preparar os quartos para a visita, em especial o Príncipe primogênito.
O primogênito era tranquilo, sorridente e engraçado. Era impossível fazer mal para alguém, seu corpo magro mais definido ainda tirava suspiros de algumas servas que o serviam. Prinna o viu poucas vezes, geralmente ele vivia com o pai aprendendo sobre suas futuras obrigações, mas em todas as vezes que o viu criaram uma bela amizade, Aenys sempre foi gentil, lhe ensinando sobre poemas ou ditados, o platinado se arriscou em ensiná-la dizer algo em Alto-Valiriano. Já ficaram até tarde da noite na biblioteca, a morena ficava admirando a beleza do Príncipe.
A voz calma recitava um poema que tinha encontrado no meio daqueles livros de guerras e táticas, livros em sua maioria escritos pela própria Visenya.
── “O amor é dos suspiros a fumaça; puro, é fogo que os olhos ameaça; revolto, um mar de lágrimas de amantes... Que mais será? Loucura temperada, fel ingrato, doçura refinada.”
Prinna não conseguia prestar atenção no poema, apenas a forma que as palavras saíam com tanto saudosismo e na língua que molhava os lábios nas pausas, um sorriso fraco na indagação na hora de encarar a morena. Deixando suas bochechas ruborizadas.
── O quê? Está corada ── O sorriso dele aumentou, e se sentou ao lado da garota arrumando sua roupa vermelha, a cor agressiva não fazia jus a sua personalidade amável. ── Está apaixonada?
── Não! ── Diz rapidamente, e franziu o cenho. O que é que está apaixonada? ── Não estou apaixonada, nem sei o que é isso.
Diz de forma ignorante, ainda não tinha aprendido os bons modos para ter uma conversa sem agressividade no tom. Principalmente para falar com a monarquia.
── Oh… Prinna, você ainda é uma criança ── Revirando os olhos, Prinna pegou o livro de poemas, ignorando o Príncipe e a quentura em suas bochechas ── Quando você se apaixonar, sentirá uma quentura em todo o corpo, uma pulsação muito forte em seu coração como se ele fosse sair pela boca. Você só vai pensar nele, o tempo todo, o dia todo, a hora toda…
── O Príncipe fala com muita propriedade… Já se apaixonou? ── Dessa vez foi o Aenys que teve suas bochechas tendo uma coloração vermelha.
── Hum. Sim, eu estou apaixonado. ── Os olhos se arregalaram e abriu a boca, uma sensação estranha se apossou em sua barriga às mãos suando e seu pé começou a bater freneticamente no chão.
── Pelos Deuses… Por quem?!
── Conheci ela recentemente, ── Um sorriso tímido e um brilho no olhar chamaram atenção da Prinna. Os olhos também brilharam quando está apaixonado. ── Quero me casar com ela, mas, por enquanto, tenho que esperar.